//Europa está dez anos atrasada em IA, mas há “agora uma vontade política”

Europa está dez anos atrasada em IA, mas há “agora uma vontade política”

Em entrevista à Lusa, a fundadora e presidente executiva (CEO) da DefinedCrowd salienta que a “Europa tem dois problemas neste momento” e um deles é que “está dez anos atrasada em relação à parte tecnológica de inteligência artificial”.

Ou seja, “tem feito muito trabalho de investigação, pouco trabalho de desenvolvimento” e “não havendo desenvolvimento não há ‘mainstream applications’ para o público”, como também “não tem investido capital” necessário “em tudo o que é tecnologias de ponta”, refere.

“É uma das áreas em que ando a falar há muito tempo no centro de excelência em inteligência artificial, que pode estar sediado na Europa, pode estar sediado em Portugal, pode ter vários polos na Europa”, aponta, citando o Banco Europeu de Investimento que refere a Europa está “a cinco a 10 biliões por ano de atraso em relação aos Estados Unidos”.

E o impacto disto é claro: “Dependência tecnológica dos Estados Unidos”, remata.

No entanto, “há realmente agora uma vontade política para começar a olhar não só a inteligência artificial, há uma série de áreas em que a Europa tem de ‘catch up’ [alcançar]” e as áreas em que a IA precisa “mais urgentemente” são as de ‘cloud’, 5G e as de ‘big data’, salienta Daniela Braga.

“Enquanto essas áreas todas não estiverem também tratadas – são quase outras disciplinas ancilares ao lado da inteligência artificial, não se consegue fazer muito progresso”, considera.