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O Ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, e a Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, dizem, em nota à imprensa, que tomaram conhecimento da decisão de Joana Mendonça de abandonar a presidência da Agência Nacional de Inovação (ANI) ontem, e que “os dois ministérios estão agora a desencadear todos os procedimentos necessários e subjacentes ao processo de designação da próxima liderança da ANI”.
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Os dois ministros sublinham ainda, no comunicado, que Joana Mendonça será substituída “de forma a acautelar o interesse público e a missão da ANI, designadamente no âmbito do PRR e demais fundos europeus, cuja execução nunca esteve em causa”.
Na carta em que renuncia ao cargo, dirigida aos dois ministros, Joana Mendonça alega razões que se “prendem com uma crescente dificuldade de receber orientações da tutela, designadamente em matérias de crucial importância para a Agência”, como justificação para a sua saída.
Entre elas, além da aprovação do Plano de Atividades e Orçamento da ANI para este ano, Joana Mendonça refere questões relacionadas com o acompanhamento das Agendas Mobilizadoras para a Inovação e o acompanhamento da Missão Interface, Programa Eureka/Eurotars, PT 2030 e SIFIDE.
O presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), António Saraiva, já manifestou publicamente a sua preocupação pelas razões invocadas por Joana Mendonça para abandonar o cargo. António Saraiva, presidente da confederação patronal, diz que “confirma a perceção que o setor privado tem sobre a execução do PRR e de outros programas: os processos funcionam mal e de forma muitas vezes incoerente”.
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António Saraiva sublinha ainda que “a boa execução do Plano de Recuperação e Resiliência é obviamente crucial para a economia e para as empresas portuguesas. Nos últimos trimestres assistimos a uma perda da velocidade da atividade económica – se os instrumentos públicos não avançarem com vigor em solidez, os riscos para as empresas e para os trabalhadores aumentam substancialmente”.
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