As exportações de componentes automóveis aumentaram 21,2% nos primeiros seis meses do ano em termos homólogos, superando os 6.000 milhões de euros, segundo a AFIA — Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel.
Já em junho, as exportações de componentes automóveis aumentaram 20,1% em termos homólogos, ultrapassando os mil milhões de euros pelo segundo mês consecutivo, acrescentou a associação.
Em comunicado, a associação dá nota de que o aumento das exportações registado no sexto mês deste ano representa o 14.º mês consecutivo de subidas.
No documento, a AFIA refere que, no acumulado do segundo trimestre deste ano, as exportações de componentes automóveis aumentaram 21,9%, “rondando os 3.000 milhões de euros”.
Espanha lidera compras
Em 2023, 70% das exportações portuguesas de componentes automóveis “continuavam a pertencer a cinco principais países”: Espanha, Alemanha, França, Eslováquia e Reino Unido, este último que substituiu os Estados Unidos da América.
Nos primeiros seis meses, Espanha somava compras no valor de 1.714 milhões de euros (+21,3% em termos homólogos), Alemanha 1.332 milhões de euros (+28,2%), França 662 milhões de euros (+22,1%), Eslováquia 263 milhões de euros (+21,3%) e Reino Unido 237 milhões de euros (+7,1%).
Por sua vez, os EUA “caíram” para sexto lugar entre os países clientes, após um recuo de 18,9%.
A AFIA assinala que as exportações dos componentes automóveis para os principais países clientes “estão a crescer mais do que a produção de automóveis nesses países, ganhando assim quota de mercados”.
A associação dos fornecedores de componentes destaca ainda que a indústria de componentes automóveis “tem mantido a sua resiliência” e “encontrado formas de se manter competitiva” para enfrentar desafios como os aumentos dos custos em segmentos como transportes, energia e matérias-primas.
Os cálculos da AFIA têm por base as estatísticas do comércio internacional de bens divulgadas na quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
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