Partilhareste artigo
As exportações portuguesas de metalurgia e metalomecânica aumentaram 19,2% em novembro de 2022 face ao mesmo mês de 2021, somando 2.342 milhões de euros, e acumulam um crescimento homólogo de 16,7% desde janeiro, anunciou a associação setorial.
Relacionados
“Desta maneira, após 11 meses, o ano de 2022 já é o melhor ano de sempre do Metal Portugal, com um crescimento homólogo de 16,7%”, e “ultrapassando o ano anterior, até então o melhor de sempre, em 1.488 milhões de euros”, avança a Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP) em comunicado.
Segundo a AIMMAP, em novembro passado o setor atingiu “o melhor registo de sempre no que diz respeito às exportações, com um recorde de 2.342 milhões de euros”.
Considerando o acumulado do período de janeiro a novembro de 2022, o Metal Portugal exportou 21.374 milhões de euros, o que traduz um crescimento homólogo de 16,7%.
“O ano de 2022 acumula sete das 10 melhores marcas de sempre e no mês de novembro, pela sexta vez consecutiva (excetuando o mês de agosto, em que sistematicamente os montantes são inferiores), o valor das exportações ultrapassou os 2.000 milhões de euros, somando 2.342 milhões de euros, o que representa um crescimento homólogo de 19,2%”, enfatiza.
Subscrever newsletter
Para a associação, trata-se de um registo “verdadeiramente notável” na atual conjuntura, sendo que “as 10 melhores marcas de sempre registam-se todas a par do difícil desafio da retoma pós pandemia, tendo ainda acrescido a este contexto adverso a guerra na Ucrânia”.
As exportações para a União Europeia continuam a representar a maior parcela, com 75,2% do total, destacando-se mercados como a Alemanha, Espanha, França, EUA, Angola, Itália e Irlanda.
“Deste grupo de países, e isolando os três principais mercados do Metal Portugal – Espanha, França e Alemanha -, destaca-se este último, com uma taxa de crescimento notável, superior a 24%. Espanha e França assumem, respetivamente, crescimentos de 11% e 14%”, detalha a AIMMAP.
Por sua vez, “os EUA continuam a registar um crescimento notável, com uma subida de 62,8%, refletindo as grandes expectativas que as empresas têm sobre este mercado e deixando claramente sublinhado que as empresas do Metal Portugal que exportam com sucesso para países como a Alemanha e França também o podem fazer para os EUA”.
Já as vendas para o Reino Unido (excluindo a Irlanda do Norte) recuperaram e aceleraram a trajetória ascendente, passando de uma taxa de crescimento de 3,4% para 8,9% no espaço de um mês.
Quanto à Suécia e aos Países Baixos, mercados considerados como “de grande importância e que assumem destaque no plano de internacionalização desenhado pela AIMMAP”, cresceram 27,5% e 22,9%, respetivamente.
Considerando os 11 primeiros meses do ano, a associação aponta os subsetores de metalurgia de base, produtos metálicos e máquinas e equipamentos como “os que mais contribuíram para esta performance”.
Citado no comunicado, o vice-presidente executivo da AIMMAP considera que, “apesar de ser já certo que os números das exportações do Metal Portugal no ano de 2022 serão os melhores de sempre, as perspetivas para o primeiro trimestre de 2023 devem ser muito cautelosas”.
“Prevemos que, no futuro próximo, as vendas para o exterior possam ser inferiores em alguns subsetores B2C [“business to consumer”] que estarão a sentir quebras de encomendas em consequência da retração dos consumidores. Acresce que os aumentos brutais dos custos de produção, designadamente energéticos, fazem com que as empresas de consumo energético mais intensivo estejam a passar dificuldades acrescidas”, afirma Rafael Campos Pereira.
“Nesse sentido – acrescenta – é fundamental que o Governo português se associe ao seu homólogo espanhol, pedindo à Comissão Europeia que prolongue até ao final de 2024 a exceção ibérica, que abrange Portugal e Espanha desde 15 de junho de 2022, a qual estabelece um preço máximo no gás para a produção de eletricidade”.
Deixe um comentário