//Expulsão de embaixadora da UE “agrava o isolamento da Venezuela”

Expulsão de embaixadora da UE “agrava o isolamento da Venezuela”

A decisão do Governo venezuelano de dar 72 horas à embaixadora da União Europeia (UE) em Caracas para abandonar o país, irá “agravar o isolamento internacional da Venezuela”, afirmou esta quarta-feira à Lusa o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) português.

“Portugal lamenta a decisão das autoridades venezuelanas, que apenas irá agravar o isolamento internacional da Venezuela”, afirmou à Lusa fonte oficial do MNE, após o anúncio de Caracas de que a embaixadora da UE, a diplomata portuguesa Isabel Brilhante Pedrosa, foi declarada ‘persona non grata’.

A UE adicionou na segunda-feira 19 pessoas à lista de sanções que visam personalidades do regime venezuelano, devido ao seu “papel em atos e decisões que minam a democracia e o Estado de Direito” no país.

A decisão prende-se com as eleições legislativas que tiveram lugar em dezembro de 2020 na Venezuela e que os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE se recusaram a reconhecer como “credíveis, inclusivas e transparentes”.

Com o acrescento destes 19 indivíduos, o pacote de sanções contra a Venezuela visa agora um total de 55 personalidades, que estão proibidas de viajar para a Europa e têm os seus bens congelados no espaço europeu.

Em reação, o Governo venezuelano notificou hoje a chefe da delegação da UE em Caracas de que foi declarada ‘persona non grata’ e deverá abandonar o país nas próximas 72 horas, anunciou o executivo, que reagiu deste modo à decisão tomada na segunda-feira pelos chefes de diplomacia europeus de alargarem a lista de personalidades ligadas ao regime venezuelano alvo de sanções.