Voltou a aumentar no segundo trimestre o número de declarações de falência de empresas da União Europeia (UE), regista já o nível mais elevado desde 2015. Portugal é o quinto país com menos registos.
São dados divulgados esta quinta-feira pelo serviço de estatísticas da EU. Segundo o Eurostat, entre abril e junho de 2023 o número de falências aumentou 8,4%, em comparação com o trimestre anterior.
O índice de falências da NACE, o sistema de classificação padrão da indústria usado ao nível europeu, fixou-se no segundo trimestre deste ano em 105,7, o que compara com 97,5 pontos nos primeiros três meses deste ano, ultrapassando o valor base desde o início da recolha de dados (100) em 2015.
O maior número de falências no segundo trimestre de 2023 foi registado em Espanha (280,1), Eslováquia (274,8) e Hungria (246,8).
Portugal ocupa a quinta melhor posição, com 41 falências, após Malta (0), Chipre (20), Letónia (36,7) e Roménia (39,4).
Todos os sectores foram afetados por encerramentos, com destaque para o alojamento e restauração (+23,9%), transportes e armazenagem (+15,2%) e educação, saúde e atividades sociais (+10,1%).
Em comparação com o período pré-pandemia, o quarto trimestre de 2019, as falências no segundo trimestre superam os números da época, sobretudo no alojamento e restauração (+82,5%) e nos transportes e armazenagem (+56,7%). Apenas a indústria (-11,5%) e a construção (-2,7%) diminuíram as falências, face ao período pré-pandemia.
Novas empresas em queda ligeira
Do primeiro para o segundo trimestre há uma descida de 0,6% no registo de novas empresas. Ainda assim, o Eurostat sublinha que “o número de registos de empresas tem sido, em 2023, superior ao do período 2015-2022”.
Portugal foi o sétimo país da UE com maior número de novas empresas, o equivalente a 140,8, acima da média comunitária (124). Foi ultrapassado apenas pela França (180,2), Croácia (164,7) Roménia (157,6), Lituânia (151,8), Holanda (150,8) e Hungria (143,7).
Deixe um comentário