Em
vésperas do Natal, as lojas estão a faturar mais, mas é devido à inflação,
pelas contas feitas pelo presidente da Confederação do Comércio e Serviços de
Portugal (CCP).
João Vieira Lopes diz à Renascença que em termos de
quantidade não há crescimento de vendas, falando até num “ligeiro decréscimo”,
nomeadamente no setor alimentar. Também no vestuário, “a situação
não está a ser muito favorável”, acrescenta João Vieira Lopes, que espera que
este Natal, globalmente em termos de vendas, seja “equilibrado”.
Admite que as famílias estão a ter “alguma cautela” nas compras
que estão a fazer, ainda assim, não espera que este período “venha a ser
desastroso para o comércio, mas também não haverá um boom como acontecia antes
da pandemia” por Covid-19.
A previsão é de um 2023 difícil
João
Vieira Lopes estima que a “principal retração vai fazer-se sentir no princípio
do próximo ano” e desde logo, aponta como uma das causas, o fato dos salários
não serem ajustados ao nível da inflação.
O
líder da CCP considera ainda que a subida das prestações das casas e o preço da
energia afetam seriamente o rendimento disponível das famílias. Não sabe
prever, no entanto, se estas dificuldades se traduzir
em recessão económica.
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