//Farfetch dispara na estreia em bolsa

Farfetch dispara na estreia em bolsa

As ações da Farfetch, empresa luso-britânica que tem uma plataforma de venda de produtos de moda de luxo, registaram uma forte subida nesta primeira sessão em bolsa. Os títulos chegaram a disparar 44,70% para os 28,90 dólares, um valor bastante acima do registado no IPO.

A empresa fundada e liderada pelo português José Neves vendeu na oferta pública inicial (IPO na sigla anglo-saxónica) ações acima do intervalo previsto (vendeu a 20 dólares cada) e arrecadou 885 milhões de dólares – mais de 754 milhões de euros no câmbio atual.

No final do ano passado, a Farfetch tinha 935.772 clientes ativos, mais 44% que a 31 de dezembro de 2016, indicou a empresa nos documentos que entregou para entrar em bolsa. No ano passado, a empresa registou perdas na ordem dos 50 milhões de euros, apesar de ter gerado receitas de 329 milhões de euros. Os bancos Goldman Sachs, JPMorgan Chase, UBS e Allen lideraram o processo de oferta.

A Farfetch nasceu há dez anos, numa altura em que o mundo financeiro atravessava uma forte turbulência. A empresa nasceu pouco antes da falência do Lehman Brothers, um dos grandes bancos de investimento naquela época. Pouco depois, a crise financeira atinge economia mundial. José Neves teve, por isso, de assegurar sozinho o financiamento inicial desta empresa.

Em 2015, a Farfetch levanta uma ronda de 86 milhões de dólares -73 milhões de euros no câmbio atual- e fica avaliada em mil milhões de dólares, ou seja angaria o estatuto de unicórnio. No ano seguinte, a empresa liderada por José Neves captou uma nova ronda, desta vez de 95 milhões de euros. Nova ronda chegou em junho de 2017, quando os chineses da JD.com, segunda maior empresa de comércio eletrónico da China, compraram uma participação na Farfetch no valor de 397 milhões de dólares, 337 milhões de euros no câmbio atual.

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