Faria de Oliveira atacou o relatório da auditoria especial da EY aos atos de gestão na Caixa. O antigo presidente do banco público, liderou a instituição entre 2008 e 2011 e foi chairman até 2013, acusou o trabalho da consultora de ser “enviesado” e “descuidado”. Antes de ser presidente do banco, Faria de Oliveira tinha liderado o banco da CGD em Espanha entre 2005 e 2007.
O banqueiro, atual presidente da associação que representa os bancos portugueses, afirmou esta sexta-feira que o relatório da EY “tem vícios evidentes” e “conclusões erradas” que evidenciam “o quadro mental e a perceção de quem tem de fazer a avaliação”.
As declarações foram feitas numa audição parlamentar na II Comissão de Inquérito à gestão do banco público. Faria de Oliveira diz que é uma oportunidade para defender não só o sue “bom nome”, como também o da Caixa Geral de Depósitos que, diz, “tão maltratada tem sido assim como o próprio sistema bancário nacional”.
A auditoria especial da EY aos atos de gestão na CGD entre 2000 e 2015 revelaram perdas de 1,2 mil milhões de euros em créditos de risco e operações em que não foram seguidos os pareceres da direção geral de risco e em que não foram exigidas as garantias necessárias para as operações de crédito.
No entanto, Faria de Oliveira defende que o relatório da EY tem “vícios de forma e erros de facto”. E exemplifica com a não distinção de mandatos e não se fazer as comparações próprias com os outros bancos do sistema.
Já em relação às duas operações que causaram perdas avultadas durante o seu mandato, o antigo presidente da CGD diz que se trataram de projetos de interesse nacional (PIN) e que foram “afetados por fatores exógenos e inesperados”.
Notícia atualizada às 15:10
Deixe um comentário