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A Reduniq fechou 2021 com um crescimento acumulado de faturação de 22% face ao ano anterior e já 2% acima do período pré-pandemia, anunciou a empresa. No mesmo período, a faturação contactless disparou 126%.
Em comunicado, a Reduniq, a maior rede nacional de aceitação de cartões nacionais e estrangeiros, dá conta que obteve em 2021 “o melhor ano de sempre da sua atividade”, tendo sido transacionados 20,4 mil milhões de euros através da sua rede de terminais de pagamento automático. A recuperação dos negócios, com base nos pagamentos realizados na Reduniq, aconteceu a partir de março, com uma subida de 57% em abril face ao período homólogo. Há que ter em conta que, em 2020, estes foram os meses de confinamento.
Já a recuperação completa face ao período pré-pandemia aconteceu a partir de julho, “com o crescimento de faturação a atingir um máximo de 23% em novembro”.
E, como seria de esperar, atendendo às restrições e limitações impostas às viagens, a faturação com cartões estrangeiros caiu, face a 2019, enquanto os pagamentos com cartões nacionais recuperaram mais rapidamente. Já no que à atividade turística diz respeito, diz a Reduniq, marca da Unicre, que “desde abril de 2021 que a faturação desta atividade tem alcançado valores superiores aos de 2020”. O melhor mês, em termos de consumo de estrangeiros, ocorreu em novembro, com a faturação estrangeira nos negócios de todos os setores a atingir um crescimento de 175% face a 2020 e de 15% comparativamente ao período pré-pandemia.
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“Dois anos após o início da pandemia, assistimos a uma mudança significativa do perfil de consumo dos portugueses. Como os números indicam, a pandemia acelerou a transição digital dos pagamentos. Até 2020, a adesão a pagamentos feitos em contactless era residual e mesmo o e-commerce era pouco expressivo. Hoje conseguimos constatar que o comportamento do consumidor mudou e este tornou-se mais tecnológico e preparado para aceitar quaisquer formas de pagamento disruptivas”, refere o diretor da Reduniq, Tiago Oom, citado em comunicado, dando como exemplos “o rápido crescimento” que o Apple Pay e o Google Pay estão a ter.
Os dados divulgados mostram, ainda, que a retoma foi mais lenta nas grandes cidades, por efeito do teletrabalho, e nos territórios onde a atividade turística tem mais peso. “Só no primeiro trimestre, verificaram-se variações homólogas negativas em quase todos os distritos, fruto de mais um confinamento. No total do país, a quebra foi de de 13% face a 2020. Nos trimestres seguintes, com a maior abertura da economia, existiu uma recuperação face ao período homólogo, registando variações positivas de 48%, 24% e 31% no 2º, 3º e 4º trimestres, respetivamente”, avança a empresa.
Em termos regionais, destaque para os Açores, Madeira e Faro., com crescimentos de 56%, 43% e 30%, respetivamente, face a 2020. No que respeita à faturação originada por cartões estrangeiros, os Açores foram a região com maior crescimento (129%), ficando à frente da Madeira (97%) e Faro (50%). “Com menos expressão, mas ainda assim a crescer muito, foi a faturação estrangeira noutras duas importantes regiões turísticas, Lisboa e Porto, que subiram 47% e 43%, respetivamente”, destaca o comunicado.
Por fim, e numa análise setorial, os dados mostram que, após o período de confinamento no início de 2021, “Portugal entrou numa nova fase de crescimento” e, mesmo os setores que foram mais afetados pela pandemia em 2020, designadamente a hotelaria e atividades turísticas, a moda e as perfumarias ou a restauração, foram recuperando. Destaque para o crescimento homólogo de 71% do setor da saúde, de 61% da hotelaria e atividades turísticas, de 59% na restauração e de 48% nas farmácias.
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