A empresa Faurecia-Forvia está a criar em Santa Maria da Feira um novo edifício que, representando um investimento de 13 milhões de euros na sua primeira fase, criará 1.500 empregos nos próximos anos, revelou hoje a autarquia local.
Segundo adiantou à Lusa o presidente da Câmara Municipal da Feira, Emídio Sousa, a nova unidade do distrito de Aveiro está a ser construída no parque empresarial LusoPark e deverá ficar concluída dentro de “dois anos”, sendo que, nessa altura, as instalações que a fabricante de componentes para o setor automóvel ocupa atualmente na Zona Industrial do Roligo serão transferidas, juntamente com os seus cerca de 500 postos de trabalho, para o novo imóvel — situado a menos de um quilómetro de distância.
Para o efeito estão já a decorrer as obras num terreno de 14.000 metros quadrados, sendo que uma porção dessa área se destina a acolher, “no prazo de dois anos”, um total de 1.000 trabalhadores e outra parte “vai ficar já com os alicerces para uma ampliação posterior, numa segunda fase, quando serão criados mais 1.000 empregos”.
Edificada de acordo com os requisitos da certificação ambiental LEED, a nova unidade irá acolher o Global Business Center da Faurecia-Forvia, que, segundo Emídio Sousa, “vai concentrar na Feira toda a gestão central do grupo”, reunindo no mesmo espaço valências como “os serviços mundiais de “helpdesk”, os gabinetes de design da marca e os seus serviços jurídicos, de compra e venda, e de faturação”.
Para o presidente da Câmara, esse investimento vem assim “consolidar a aposta que o grupo começou a fazer em Santa Maria da Feira em 2019”, representando grandes vantagens “para a empregabilidade e o desenvolvimento económico do município”.
Além disso, a obra em curso constitui também “uma oportunidade” para o setor hoteleiro, como defende Emídio Sousa ao realçar que a unidade da Faurecia atualmente instalada no Roligo “já tem grande impacto nos hotéis da cidade, por implicar um grande movimento de gestores de todo o mundo”.
O novo edifício “deixará margem para mais hotelaria porque, como vai concentrar serviços de toda a Europa Ocidental, da Roménia, de Israel, do Norte de África e toda a informática da América do Sul, irá de certeza gerar uma taxa de turismo de negócios muito significativa”.
Mais importante para o autarca, contudo, é a oferta de emprego anunciada pela empresa, que, exigindo “profissionais qualificados, vai permitir fixar muitos jovens portugueses e evitar que eles tenham que emigrar para encontrar colocação e remuneração mais adequadas lá fora”.
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