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A Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans) acusou esta quarta-feira a administração da Infraestruturas de Portugal (IP) de reduzir o poder de compra dos trabalhadores, depois de a empresa ter apresentado uma proposta de aumentos de 2%.
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“Na reunião de hoje, a administração da IP, SA apresentou uma proposta de atualização salarial de 2%, garantindo no mínimo 52 euros, sem prejuízo dos trabalhadores que serão abrangidos pelo salário mínimo nacional e de 1320 euros para o nível base dos técnicos”, lê-se num comunicado hoje divulgado pela organização.
A Federação indicou que a empresa “justifica esta proposta com as orientações do despacho do Ministro das Finanças que impõe um aumento máximo da massa salarial (que inclui as promoções, os aumentos do SMN [salário mínimo] e outros compromissos anteriormente assumidos)”.
De acordo com a organização, “com esta proposta a administração não está a aumentar o poder de compra dos trabalhadores, antes pelo contrário está a reduzi-lo”, acrescentando que comparando “as atualizações do ano passado e as previsões de inflação para este ano” com “a proposta ora apresentada” conclui-se que, “em média, os trabalhadores da IP perderiam cerca de 10% do seu poder de compra”.
Assim, “a comissão negociadora dos sindicatos da CGTP-IN”, que inclui o SNTSF (Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário), a Fectrans e a FNSTFPS (Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais) “transmitiu à administração que a proposta apresentada não dá nada aos trabalhadores, antes pelo contrário, representa uma nova redução do poder de compra, num quadro em que os preços dos bens essenciais, dos combustíveis, da eletricidade e do gás, dos empréstimos para habitação e das rendas aumentam, o que certamente agravará as suas condições de vida”, alertou.
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Segundo a Fectrans, a “administração/Governo lançou um desafio aos trabalhadores da IP”, o “de se conformarem com o discurso de que não podem dar mais” ou de “se mobilizarem e lutarem para tentarem alterar a situação e defenderem a dignificação dos seus salários e a valorização profissional”.
A próxima reunião neste âmbito será no dia 31 de janeiro.
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