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O banco central americano (Fed) pode vir a aumentar as suas taxas diretoras a um ritmo mais rápido do que o esperado para combater a inflação, de acordo com as atas da última reunião publicadas nesta quarta-feira.
Os documentos relançam a especulação sobre uma forte subida em março, adianta a AFP.
“Um ritmo mais rápido de aumentos das taxas diretoras do que no período pós-2015 será provavelmente justificado”, estimaram “a maioria dos participantes” da última reunião do comité monetário da Fed, a 25 e 26 de janeiro.
As propostas alimentaram as especulações sobre uma possível subida de 50 pontos base na reunião de 15 e 16 março, e não de 25 pontos apenas, que é a prática habitual.
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Isso “reflete o grande desconforto dos decisores face ao ritmo rápido da inflação, que continua a superar as expectativas”, sublinhou Kathy Bostjancic, economista da Oxford Economics, em comunicado.
A economista disse juntar-se ao campo dos que afirmam que a Fed vai começar por um aumento das taxas em 50 pontos bases, seguindo-se aumentos de 25 pontos base nas reuniões seguintes.
Vários dirigentes da instituição manifestaram-se, no entanto, contra um movimento das taxas tão brutal.
No último período de recuperação económica, iniciado em 2015, as taxas foram subindo de forma suave, durante três anos, aumentando oito vezes, 25 pontos base de cada vez, até atingirem o intervalo entre 2,25% e 2,5%, depois de sete anos entre os 0% e 0,25%.
A economia americana é hoje mais sólida, sublinharam os responsáveis da Fed, em comparação com a longa recuperação económica depois da crise financeira de 2008.
A Fed, no final de 2021, foi muito prudente no que diz respeito à subida as taxas de juro, para não comprometer a recuperação económica nem afetar o mercado de trabalho.
Mas o crescimento económico é agora ameaçado pela forte inflação, pelo que o aumento das taxas de juro é a melhor arma, por ter como efeito o aumento do custo do crédito e assim retrair o consumo, controlando a pressão sobre os preços.
Há dois anos que as taxas diretoras estão entre os 0% e os 0,25%, devido à pandemia de covid-19 e aos seus possíveis efeitos na economia.
“A maioria dos participantes fizeram notar que, se a inflação não baixar como previsto, será apropriado que o comité suprima a política de um ritmo mais rápido do que o atual”, refere o relatório da reunião.
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