A Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos acredita que a pandemia de covid-19 continuará a “pesar muito” na economia a médio prazo, de acordo com as minutas da última reunião de política monetária.
Segundo as minutas, citadas pela agência Efe, a Fed, que atua como banco central dos Estados Unidos, reconheceu, porém, que “a atividade e o emprego recuperaram levemente nos últimos meses”.
Os membros do Comité do Mercado Aberto coincidiram na opinião de que a crise de saúde pública continuará a pesar muito no curto prazo, o que supõe riscos consideráveis para o médio prazo, de acordo com as minutas relativas à reunião realizada no final de julho.
Em março, a Fed reduziu de forma abrupta as taxas de juro para o intervalo atual de entre os 0% e os 0,25%, devido à chegada da pandemia, e comprometeu-se a não as modificar a médio prazo, devido à magnitude da crise provocada pelo fecho de negócios e a paragem da atividade para conter o avanço da doença.
“Depois de algumas quebras, a atividade económica e o emprego recuperaram levemente nos meses recentes, mas mantém-se muito abaixo dos níveis do início do ano”, de acordo com o documento, citado pela Efe.
O banco central norte-americano advertiu que “o caminho da economia dependerá do rumo do vírus”.
O presidente da Fed, Jerome Powell, reconheceu em julho que a subida de casos registados nas últimas semanas do mês parecia ter “travado o consumo e a contratação” de trabalhadores, especialmente em pequenos negócios, ressalvando que ainda era “cedo” para ver todo o alcance do aumento de casos.
A taxa de desemprego nos Estados Unidos foi de 10,2% em julho, abaixo de 11,1% em junho.
Jerome Powell assinalou também que a crise atual é a mais severa das atuais gerações e sublinhou que em apenas alguns meses se passou “dos níveis mais baixos de desemprego em 50 anos para os níveis mais altos em 90 anos”.
A próxima reunião da Fed sobre política monetária está prevista para 15 e 16 de setembro.
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