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Questionada pela Lusa sobre se é um objetivo da Fertagus ir até à Gare do Oriente, Ana Cristina Dourado respondeu afirmativamente, durante o encerramento da Train Summit – Green deal e Descarbonização, numa chegada de comboio à Estação de Campanhã, no Porto.
“Sim, claro, claro. Nós entendemos que a questão da Gare do Oriente complementa hoje muito as viagens dos nossos passageiros. Mas é preciso mais material circulante”, disse Ana Cristina Dourado à Lusa.
A responsável pela empresa que assegura o serviço ferroviário suburbano entre as margens norte e sul do Tejo já tinha afirmado anteriormente que “cabe ao Estado concedente dizer quando é que quer que se vá à Gare do Oriente”, para depois se ver “o que é que é necessário para que tal aconteça”.
Ana Cristina Dourado disse ainda que a ida da Fertagus à Estação do Oriente está também dependente das obras de quadruplicação da linha de Cintura, entre Roma-Areeiro (atual término da Fertagus) e Braço de Prata, previstas no Programa Nacional de Investimentos 2030.
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“Se for decidido que vamos à Gare do Oriente, o que está dependente destas obras, sentar-nos-emos com o Estado a discutir como é que podemos lá ir e como é que vamos adquirir mais material circulante”, reforçou.
A gestora recordou que no contrato original de concessão “estava previsto a Fertagus fazer duas extensões”, uma ao Oriente e outra até Setúbal.
“O que aconteceu foi que em 2004, quando fizemos a extensão a Setúbal, tivemos que fazer a extensão com os comboios que tínhamos, porque o Estado não tinha disponibilidade para, pelo contrato de concessão, fosse considerada a aquisição de mais comboios”, explicou.
Assim, a empresa acabou por ficar “sem disponibilidade de material circulante para fazer a extensão à Gare do Oriente”, recordou ainda.
A Train Summit decorreu hoje entre as estações de Lisboa-Santa Apolónia e Porto-Campanhã, e além do ministro das Infraestruturas Pedro Nuno Santos, contou com a presença de responsáveis da CP – Comboios de Portugal, Infraestruturas de Portugal, Fertagus, Medway e Takargo.
Estiveram também presentes o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Nuno Lacasta, o presidente da associação ambientalista Zero, Francisco Ferreira, o presidente da Plataforma Ferroviária Portuguesa, Joaquim Guerra, e o secretário de Estado da Mobilidade, Eduardo Pinheiro.
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