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A empresa de transporte ferroviário Fertagus, que liga Lisboa e Setúbal, tem verificado um aumento gradual das validações para a utilização dos seus serviços, aproximando-se dos valores pré-pandemia, segundo dados oficiais.
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A Fertagus é uma empresa portuguesa do Grupo Barraqueiro que opera o serviço ferroviário suburbano de passageiros entre a estação de Roma-Areeiro, em Lisboa, e a estação de Setúbal.
De acordo com a empresa, as validações têm vindo a crescer ao longo de 2022 e “a procura mensal está a aproximar-se dos níveis médios mensais de 2019, antes da pandemia” de covid-19.
Em janeiro houve o registo de 1.993.648 validações de bilhetes/passes pelos utilizadores, um valor que em outubro se situava nos 3.109.568.
O serviço da Fertagus tem sido alvo de algumas queixas por parte de passageiros, sobretudo nos períodos de hora de ponta da manhã e da tarde.
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Em causa estão sobretudo relatos de alguns comboios já chegarem às estações lotados e os utentes forçarem a entrada na composição, o que leva os maquinistas a não conseguirem fechar as portas e arrancar.
A Lusa efetuou hoje uma viagem num comboio, no período de ponta da manhã, e encontrou um cenário sem perturbações, apesar da afluência.
Dois passageiros que aguardavam comboio na estação do Pragal, em Almada — a última da Margem Sul – afirmaram que o serviço tem decorrido dentro da normalidade, com maior afluência nas horas de ponta, mas sem constrangimentos de maior.
Uma outra passageira, Fernanda Pires, que usa regularmente o transporte entre o Fogueteiro, no Seixal, e Sete Rios, referiu que em hora de ponta, especialmente no período da tarde, existem poucos comboios com oito carruagens, pelo que as composições chegam a estações intermédias em Lisboa, como é o caso de Sete Rios, já cheias.
Questionada pela agência Lusa, a empresa referiu que a Fertagus está a operar “diariamente a 100% da sua capacidade” e tem ao serviço 17 das 18 composições disponíveis, “ficando uma afeta diariamente à realização da manutenção preventiva, corretiva e modernizações”.
A aquisição de novas composições, adiantou a empresa, depende do enquadramento contratual com o Estado português e de um processo de encomenda e produção de dois a três anos até à entrada em operação.
Sobre a necessidade de aumentar a oferta de carruagens nos períodos de maior procura, a Fertagus explicou que logo após a introdução do passe Navegante, válido para toda a Área Metropolitana de Lisboa, reforçou a sua oferta com o máximo de comboios duplos, de oito carruagens, e o número de ligações entre Lisboa e Setúbal, correspondendo à oferta máxima possível de garantir nos períodos de ponta, aos dias úteis.
“Nestes dias, no troço Coina-Lisboa, temos horários de 10 em 10 minutos, que permitem ao passageiros optar por comboios com menor ocupação, com uma diferença de 10 minutos. Também procuramos efetuar campanhas que informem os clientes da importância de se distribuírem ao longo das várias carruagens, procurando zonas de menor concentração de passageiros”, salientou a empresa.
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