//Fesap insiste na subida do subsídio de alimentação e admite protestos “se necessário for”

Fesap insiste na subida do subsídio de alimentação e admite protestos “se necessário for”

O secretário-geral da Fesap insistiu esta quarta-feira na necessidade de o Governo aumentar o subsídio de alimentação e repor os dias de férias retirados na “troika” e admite avançar com protestos “se necessário for”.

“Dissemos ao Governo que a questão de subsídio de refeição a par da reposição das férias são coisas para nós tão importantes, que serão um dos poucos momentos e aspetos que conduzirão os sindicatos da FESAP a algum protesto, a alguma luta, se necessário for”, afirmou José Abraão, à saída da reunião com a secretária de Estado da Administração Pública, Marisa Garrido, no Ministério das Finanças, em Lisboa.

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Questionado pelos jornalistas se admitiria avançar para uma greve caso o Governo não responda a essas reivindicações, o secretário-geral da Federação dos Sindicatos da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (Fesap) referiu que não se estava a referir especificamente a esse tipo de protesto.

“Temos de analisar as propostas e depois sobre elas tomarmos posição”, frisou, sublinhando que quer sobre um eventual aumento do subsídio de alimentação, quer sobre uma eventual reposição dos dias retirados na “troika”, a secretária de Estado da Administração Pública disse que “não está em condições de poder responder” e que ia “analisar” estas e as restantes propostas desta estrutura sindical.

Segundo o secretário-geral da Fesap, na reunião desta quarta-feira “o Governo praticamente não apresentou nenhumas novas propostas”, mas “manifestou algumas intenções”, nomeadamente a hipótese de “introduzir algumas [revisões de] carreiras no novo acordo ou no prolongamento deste”.

Em causa estão, por exemplo, as carreiras dos trabalhadores dos museus ou dos geofísicos, destacou, sinalizando que o executivo se comprometeu a “trazer um documento já mais completo” com as “matérias que responde ou não positivamente”, acrescentou José Abraão, referindo que vai aguardar.

O atual acordo, assinado em novembro de 2024 com duas das estruturas sindicais da Função Pública (a Fesap e Frente Sindical), prevê aumentos de 2,15%, com um mínimo de 56,58 euros no próximo ano.

A Fesap, afeta à UGT, propõe que a remuneração base na função pública suba para 973,41 euros em 2026 e uma atualização mínima de 95 euros para todos os trabalhadores, além do aumento do subsídio de alimentação para 10 euros por dia, isento de impostos.

A questão do acelerador de carreiras é outra das reivindicações desta estrutura sindicial, com a Fesap a defender que “devia haver uma progressão de seis pontos para aqueles que tiveram apenas um congelamento”.

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