//Fesap. “Mesmo em duodécimos há espaço orçamental” para “corrigir injustiças”

Fesap. “Mesmo em duodécimos há espaço orçamental” para “corrigir injustiças”

O líder da
Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap), José Abraão, considera
que “mesmo em duodécimos há espaço orçamental” para “corrigir
injustiças” nomeadamente as relacionadas com os salários dos assistentes
técnicos e operacionais.

“Mesmo em
duodécimos, há espaço orçamental para continuar a trajetória da correção das
injustiças iniciada nos últimos anos”, disse o dirigente sindical, à saída
de uma reunião com a equipa do Ministério da Modernização do Estado e da
Administração Pública, onde o Governo confirmou uma atualização salarial de
0,9% para 2022.

Em causa estão os
salários dos assistentes técnicos e operacionais da administração pública
situados na quinta posição da tabela remuneratória única, que ganham atualmente
703,13 euros, explicou José Abraão.

Com a atualização
salarial de 0,9% estes trabalhadores vão passar a receber no próximo ano “709 euros e uns cêntimos”, o que significa “apenas quatro euros
acima do salário mínimo nacional” (se se confirmar o valor de 705 euros
para o salário mínimo mencionado pelo Governo).

“Alguém que
tem 35 anos de serviço tem quatro euros de aumento”, reforçou o dirigente
da Fesap.

Atualmente, a
diferença salarial destes trabalhadores em relação ao salário mínimo nacional
(de 665 euros) é de 38,13 euros.

José Abraão
espera que na próxima reunião, marcada para dia 15, o Governo reavalie esta
situação.

“Nos anos
anteriores, houve uma tentativa de correção destas injustiças e esperamos que
na próxima reunião possa haver avanço nesta matéria”, sublinhou o
sindicalista.

Em 2021, houve
aumentos de 20 euros na remuneração base da função pública, para os 665 euros,
de modo a ficar igual ao salário mínimo nacional, e em 10 euros para os salários
que se situavam entre os 665 e os 791,91 euros.

Nos últimos 12
anos, apenas em 2020 houve aumentos para todos os trabalhadores da
Administração Pública, de 0,3%, em linha com a inflação.

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