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O fim de semana vai ficar marcado por greves nos transportes urbanos na Área Metropolitana de Lisboa devido a greves, reivindicando sobretudo aumentos salariais, e o Metro de Lisboa não deverá prolongar o horário na noite de Santo António.
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Trabalhadores da Transtejo e da Soflusa, empresas com uma administração única que operam a travessia fluvial entre Lisboa e a denominada Margem Sul, vão cumprir paralisações entre sábado e segunda-feira (entre 11 e 13 de junho, feriado municipal na capital) pela valorização salarial e pela contratação de mais funcionários.
A reivindicação central desta luta, de acordo com a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), é a exigência do aumento dos salários, que considera não ser razoável com a proposta de 0,9% da administração/Governo, num momento em que a inflação está acima dos 7%.
Além da questão salarial, os trabalhadores da Soflusa exigem a contratação de trabalhadores, porque a empresa precisa de “mais 13 maquinistas para completar as 34 tripulações”, segundo o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores Fluviais, Costeiros e Marinha Mercante Carlos Costa. Atualmente, referiu, só há 11 maquinistas, sendo uma tripulação composta por um maquinista, um mestre e dois marinheiros.
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Na Transtejo (responsável pelos terminais do Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão, no distrito de Setúbal), a greve decorre no sábado e no domingo, entre as 8 e as 17 horas, nos dois dias.
A paralisação na Soflusa começa no domingo a partir das 15 horas e termina na segunda-feira pelas 8 horas, podendo assim condicionar o serviço da travessia entre o Barreiro (distrito de Setúbal) e o Terreiro do Paço, em Lisboa.
Também o prolongamento do serviço do Metropolitano de Lisboa, na noite de 12 para 13 de junho (de domingo para segunda), devido às festas de Santo António na cidade, não deverá funcionar devido à greve ao trabalho suplementar e a eventos especiais a decorrer neste mês de junho, já que a proposta apresentada pela empresa aos sindicatos é considerada “muito insuficiente”.
Anabela Carvalheira, da Fectrans, indicou esta quinta-feira que “nesta altura não está assegurado o serviço especial”, mas sublinhou que, apesar de não estar agendada qualquer reunião com a administração da empresa ou com a tutela, “não significa que a qualquer hora não possa existir”.
“Estamos [organizações sindicais] sempre disponíveis para isso”, salientou, depois de na quarta-feira os trabalhadores em plenário terem decidido manter o pré-aviso de greve.
Já na tarde desta quinta-feira, a CP — Comboios de Portugal anunciou que a circulação de comboios (neste caso, não limitada à região de Lisboa) deverá ter “perturbações significativas” na sexta-feira e nos dias 12, 13 e 16 devido a greve.
De acordo com a empresa, foram decretados serviços mínimos que ficarão disponíveis no seu ‘site’.
A CP referiu que aos clientes que já tenham adquirido bilhete para viajar em comboios dos serviços Alfa Pendular, Intercidades, Interregional e Regional será permitido o reembolso no valor total do bilhete adquirido, ou a sua revalidação, sem custos.
Num fim de semana que junta um feriado nacional na sexta-feira, 10 de junho, e o municipal de Lisboa, esteve previsto que as ligações fluviais entre Setúbal e Troia, no rio Sado, fossem afetadas no sábado e no domingo, devido a greves parciais de duas horas por turno na Atlantic Ferries.
Contudo, já esta quinta-feira, os trabalhadores aceitaram uma atualização salarial de 3,5% e desconvocaram as paralisações, segundo fonte sindical.
A nível rodoviário, os trabalhadores da CarrisTur, um dos maiores operadores locais de circuitos turísticos, sob a marca Yellow Bus, vão estar em greve a todo o trabalho para além das oito horas de serviço diário, no sábado e no domingo.
A CarrisTur está presente em Lisboa, Porto, Funchal, Coimbra, Braga, Guimarães e em São Miguel, nos Açores.
Em Lisboa, opera, em regime de exclusividade, circuitos em elétrico histórico e um serviço de ligação regular em autocarro entre o Aeroporto e os principais hotéis da cidade (Aerobus).
Em reunião de conciliação entre o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP) e o Ministério do Trabalho, no final do mês de maio, a CarrisTur reconheceu a necessidade de retoma do processo de negociação, indicou o sindicato.
No entanto, o STRUP frisou que o processo de luta por um aumento salarial de 70 euros, entre muitas outras reivindicações, só seria levantado se houvesse “desenvolvimentos concretos com resultados positivos” face às reivindicações.
A central sindical CGTP-IN definiu um período de ações de luta nacional que decorre entre 27 de março e 7 de julho, sob o lema “Pelo Aumento dos Salários e Pensões! Contra o Aumento do Custo de Vida e o Ataque aos Direitos!”.
Embora não sendo uma empresa de transportes, a Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa (EMEL) está hoje novamente em greve, exigindo as negociações para aumentos salariais de 90 euros.
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