//Finanças: Emissão de dívida revela “confiança dos investidores” em Portugal

Finanças: Emissão de dívida revela “confiança dos investidores” em Portugal

Portugal realizou esta quarta-feira uma emissão de dívida a 20 anos, tendo colocado a totalidade da oferta – três mil milhões de euros – a uma taxa de 1,185%. O Ministério das Finanças, em comunicado, considera a operação um “sucesso” e sublinha que “é a primeira emissão num contexto de progressiva normalização da política monetária após a decisão do Banco Central Europeu de terminar o programa PEPP (Pandemic Emergency Purchase Programme) e a consequente subida generalizada de taxas de juro na Europa. Ainda assim, a nova emissão a 20 anos foi feita a uma taxa de 1,185% (reoffer yield), estando o diferencial de preço a pagar pela República, comparativamente com a Alemanha, em mínimos históricos”.

Na mesma nota, o gabinete do Ministro João Leão revela que o livro de ordens atingiu os 20 mil milhões de euros, sete vezes a oferta, sublinhando “a elevada procura pelas novas obrigações e a apetência por dívida pública portuguesa”. Para para as Finanças, “a emissão de hoje comprova a confiança que os investidores depositam em Portugal, evidenciando um pleno acesso aos mercados financeiros, em condições historicamente favoráveis”.

A emissão de Obrigações do Tesouro de longo prazo – feita através de sindicato bancário – “permite dar continuidade ao trabalho dos últimos anos, onde se destaca o período da pandemia, em que se aproveitou as boas condições de financiamento e as taxas de juro baixas para aumentar maturidades”, diz ainda o Ministério das Finanças.

No ano passado a maturidade da nova dívida pública atingiu uma média de 14 anos. Trata-se, garante o Ministério das Finanças, de um valor “superior à maturidade da maioria dos países da zona euro e, mesmo assim, com um custo mais baixo do que a dívida dos principais Estados soberanos comparáveis”.

A maturidade da emissão desta quarta-feira, assegura ainda, foi “muito superior à maturidade média do stock da dívida direta do Estado que é de cerca de oito anos e tem um custo de 2,0%.”

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