Os bancos europeus enfrentam um risco maior de sofrerem multas e penalizações pela prática de branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo devido ao reforço de regras a nível comunitário.
“Na sequência de ataques terroristas em jurisdições europeias, vai ser implementada até 2020 legislação reforçada relativa a branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo [Diretiva Anti-Branqueamento de Capitais 5]”, refere a Fitch Ratings numa análise divulgada esta segunda-feira.
“Isto deverá colocar pressão adicional sobre bancos e outras entidades para apertarem os controlos e processos anti-branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo, com a potencial criação de um órgão pan-europeu para monitorizar as violações – possivelmente através da extensão do mandato do Promotor Público Europeu – deverá aumentar o risco de penalizações para os bancos”, adianta.
A nível global, a agência alerta que também as penalizações da banca por quebra de sanções impostas a países podem aumentar por via do reforço de regulação. “Bancos mais pequenos dependentes de negócios ou clientes internacionais correm maior risco de se tornarem inviáveis devido a violações de sanções ou de regras de anti-branqueamento de capitais ou financiamento ao terrorismo”, afirma.
“As multas regulatórias reduzem os lucros e podem enfraquecer os perfis financeiros dos bancos. A maioria das multas pode ser absorvida pelos ganhos e, quando medidas corretivas forem tomadas, reduzir a probabilidade de novas violações e multas. No entanto, casos não resolvidos que deixam em aberto a possibilidade de multas significativas podem pressionar os ratings”, sublinha.
Destaca que, na Europa os países têm-se concentrado em penalizar violações de regras de anti-branqueamento de capitais enquanto nos Estados Unidos têm sido aplicadas penalizações e multas a bancos por violação de sanções, dado que a Europa aplica menos sanções do que os EUA.
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