A Fitch considera que o choque sem precedentes desencadeado pela crise pandémica é um risco para o ‘rating’ dos bancos portugueses e que uma crise mais longa é uma ameaça ao setor, segundo o relatório publicado.
Segundo a agência de ‘rating’, o setor bancário português mostrou alguma resiliência no primeiro trimestre deste ano, ainda que com aumentos das provisões para perdas com crédito, mas a pressão ter-se-á intensificado a partir do segundo trimestre, com alguns bancos provavelmente com prejuízo ou pelo menos em ‘breakeven’ (ponto de equilíbrio entre ganhos e perdas), prevendo que a recuperação gradual das operações seja improvável antes de 2022.
“Uma crise mais longa do que atualmente esperamos ameaçaria a viabilidade do setor bancário e reverteria os significativos progressos alcançados desde 2016”, afirma a Fitch.
No imediato, diz a Fitch, a crise é um risco para a avaliação que faz das métricas dos bancos, desde logo, porque os bancos com mais ativos problemáticos e menos capitalizados “estão mais vulneráveis”, o que pressiona os ‘ratings’ atribuídos.
Contudo, sugere, a pressão sobre os ‘ratings’ poderá ser mitigada com os pacotes de apoio das autoridades públicas (governo, bancos central, fundos europeus), minimizando o efeito da crise económica sobre o setor bancário.
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