//FMI. Dívida mundial atinge máximo histórico de 162 biliões de euros

FMI. Dívida mundial atinge máximo histórico de 162 biliões de euros

O total de dívida pública e privada mundial (190 países) subiu para o valor mais alto de que há registo, em 2017. Segundo um estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgado esta quinta-feira, a dívida de todos os países do planeta “atingiu um recorde de 184 biliões [milhões de milhões] de dólares”. A preços atuais, equivale a 162 biliões de euros.

Ao incluir as informações relativas aos empréstimos contraídos por soberanos e privados de todo o mundo, esta base de dados “oferece uma imagem sem precedentes da dívida global no período pós-Segunda Guerra Mundial”, afirma a nota de apresentação do novo estudo do FMI.

“Segundo a atualização, a dívida global atingiu um recorde histórico de 184 biliões de dólares em termos nominais ou o equivalente a 225% do produto interno bruto (PIB) em 2017.”

Fonte: FMI

Fonte: FMI

Significa que, “em média, a dívida mundial ultrapassa agora os 86 mil dólares por pessoa [76 mil euros]”, ou seja, “é 2,5 vezes maior do que o rendimento médio per capita”, calcula o Fundo.

As economias mais endividadas do mundo são “Estados Unidos, China e Japão” e, somadas, as suas dívidas “equivalem a mais da metade da dívida global”, superando largamente o PIB conjunto.

Números revistos em alta

O FMI revela ainda que os cerca de 162 biliões de euros agora revelados foram revistos em alta face a outubro.

Este valor “é 2 biliões de dólares [1,8 biliões de euros] superior ao número estimado durante a conferência de imprensa do Monitor Orçamental (Fiscal Monitor), em outubro de 2018, porque inclui dados do final de 2017 e dívidas de vários países que não tinham comunicado os seus dados atualizados” até essa altura, explicam os autores.

O Monitor Orçamental é uma das publicações charneira da instituição dirigida por Christine Lagarde, sendo da responsabilidade do antigo ministro das Finanças português, Vítor Gaspar, atualmente diretor de assuntos orçamentais no FMI e especialista em questões de dívida.

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