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A imposição de “novos confinamentos” por causa de uma nova vaga da pandemia em vários países europeus, como é o caso de Portugal, aliás, apanhou o Fundo Monetário Internacional (FMI) de “surpresa” e terá limitado revisões em alta mais generosas do crescimento de várias economias. Há três meses o tom do FMI era mais confiante do que na atualização de previsões divulgada esta terça-feira.
De acordo com o outlook intercalar (que não traz dados renovados sobre Portugal, apenas para uma seleção de economias de maior dimensão de várias partes do mundo), Espanha, que é o maior parceiro económico de Portugal sofreu um corte na previsão de crescimento deste ano (face ao outlook anterior, de abril) de cerca de duas décimas, devendo crescer, ainda assim, 6,2%.
As duas maiores economias da União Europeia, Alemanha e França, ficam na mesma, com projeções de crescimento de 3,6% e 5,8%, respetivamente. Itália recebe uma boa promoção, devendo crescer mais 0,7 pontos percentuais, isto é, 4,9%.
Mas o tom do FMI é mais sombrio porque pairam muitas dúvidas sobre a luta contra a pandemia e a forma como as economias estão a responder.
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“As perspetivas económicas divergiram ainda mais entre os países desde a previsão de abril de 2021 do World Economic Outlook (WEO)”, começa por dizer o FMI.
“O acesso às vacinas emergiu como a principal linha divisória, levando a recuperação global a dividir-se em dois blocos: de um lado os que podem esperar uma maior normalização da atividade ainda este ano (quase todas as economias avançadas), do outro, os países que ainda enfrentarão ressurgimento de infeções e aumentos da mortalidade por covid-19”, acrescenta o Fundo.
E fica o aviso. “A recuperação, no entanto, não está garantida, mesmo nos países onde as infeções são atualmente muito baixas, caso o vírus continue a circular noutros lugares.”
(atualizado 14h15)
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