O Fundo Monetário Internacional (FMI) melhorou esta terça-feira ligeiramente as perspetivas de crescimento da economia portuguesa deste ano, para 6,2%, mas cortou as de 2023 para 0,7%, revelando-se mais pessimista do que o Governo.
Nas previsões económicas mundiais, agora divulgadas, o FMI prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 6,2% este ano, uma melhoria face à estimativa de 5,8% conhecida em junho, e próximo da previsão de 6,5% inscrita pelo Governo português no Orçamento do Estado para 2023 (OE2023).
No documento entregue esta segunda-feira no Parlamento, o executivo português diz prever que o crescimento desacelere para 1,3% no próximo ano, mas o FMI está mais pessimista e vê a economia portuguesa a crescer 0,7%, abaixo dos 1,9% previstos em junho.
O FMI estima ainda um crescimento homólogo de 2,3% no quarto trimestre de 2022 e de 1,8% no quarto trimestre de 2023.
A instituição de Bretton Woods prevê uma taxa de inflação para Portugal de 7,9% este ano e de 4,7%, o que compara com os 7,4% e 4% previstos pelo executivo português.
O FMI projeta ainda que o saldo da balança corrente de Portugal seja de -1,1% do PIB este ano e de -0,4% do PIB em 2023.
Nas projeções, estima ainda uma taxa de desemprego de 6,1% este ano e de 6,5% no próximo.
Para este ano, o Conselho das Finanças Públicas (CFP) e o Banco de Portugal (BdP) preveem um crescimento do PIB português de 6,7% e a Comissão Europeia de 6,5%, enquanto a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento estima uma expansão de 5,4%.
Já para o próximo ano, o CFP prevê 1,2%, a Comissão Europeia 1,9%, a OCDE 1,7% e o BdP 2,6%.
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