//Fórum da Empregabilidade com 10 mil ofertas de trabalho na BTL

Fórum da Empregabilidade com 10 mil ofertas de trabalho na BTL

São 10 mil as ofertas de trabalho à disposição de candidatos jovens ou desempregados no próximo fim de semana, durante a quarta edição do Fórum da Empregabilidade, que vai realizar-se no âmbito da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL).

“Estamos com 70 empresas e mais de 10 mil ofertas de trabalho. Cada vez mais é um sítio de passagem e encontro de diretores de recursos humanos e de apresentação de metodologias de evolução dentro da carreira na área dos recursos humanos no turismo”, refere à Renascença o secretário-geral daquele fórum.

António Marto recorda como tudo começou e como evoluíram.

“Começámos em 2016, num momento de teste em que o turismo começava a dar uma expressão de crescimento, com 20 empresas e desafiando a que essas 20 empresas tivessem um posicionamento diferente dentro da BTL na área da identificação e da contratação de talento. Nesse primeiro ano, tivemos 20 corajosas empresas, que disponibilizaram 800 vagas de trabalho”, lembra.

Hoje, as ofertas aumentaram e são variadas. “Temos das mais variadíssimas tipologias de contrato: contrato de estágio, contrato de curta, média e longa duração, para funções de operação ou até mesmo direção. Temos empresas que pretendem contratar e pretendem identificar pessoas para cargos de direção”.

E quem são os candidatos a estas ofertas? Em geral, “qualquer pessoa que pretende entrar no mercado de trabalho na área do turismo, mas acima de tudo temos dois públicos: os jovens, futuros profissionais do setor, aqueles que estão a terminar as suas formações na área do turismo e que pretendem ter o seu primeiro contacto, e depois sem dúvida os desempregados”.

“Estendemos o nosso relacionamento para o próprio IEFP [Instituto do Emprego e Formação Profissional], para divulgar esta iniciativa e inseri-la nos centros de emprego do próprio do IEFP, para conseguirmos trazê-los até aqui e para eles perceberem que o turismo é um setor que precisa muito de força de trabalho e que é um setor que recebe pessoas sem formação e que tem a competência de lhe dar formação para trabalhar em turismo”, adianta.

O Fórum da Empregabilidade decorre no âmbito da BTL, na FIL. Para já, é uma iniciativa virada para o setor do turismo, mas a ideia é alargar o projeto a outras áreas de trabalho, como, por exemplo, as tecnologias.

Diretora da BTL diz que edição deste ano vai ser “a maior de sempre”

A BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa começa na quarta-feira, agora com quatro pavilhões, e a diretora da feira garante à agência Lusa que, superando expetativas, esta edição “será a maior de sempre”.

A edição de 2019 daquela que é a maior feira do setor do turismo em Portugal vai decorrer entre 13 e 17 de março, na Feira Internacional de Lisboa (FIL), no Parque das Nações, sendo, como habitualmente, dedicada aos profissionais nos primeiros dois dias e abrindo ao público em geral na sexta-feira às 17h00.

Tal como já tinha sido anunciado, a BTL volta a ter, “ao fim de quatro ou cinco anos, novamente os quatro pavilhões da feira”, lembrou Fátima Vila Maior. Espaços esses que estarão “cheios de empresas”, segundo a mesma responsável, que acrescenta, já poder dizer agora que esta vai ser “a maior BTL de sempre”.

“E, por isso, estamos muito contentes. Os grandes crescimentos [de presença na feira] tiveram a ver com setores, nomeadamente, como a promoção do território, mais empresas de animação, mais câmaras municipais e entidades promotoras de turismo das várias regiões. [Há] outros segmentos que não tínhamos trabalhado, nomeadamente, o segmento BTL Cultural – que é uma estreia – e o BTL Lab, que tem a ver com novos formatos ao nível do setor do turismo onde estão enquadrados toda a parte do digital e que introduzimos pela primeira no ano passado, e que este ano também duplicou de área”, explicou a responsável.

“É para nós muito gratificante, ao fim de vários anos, termos uma BTL que, não só superou as nossas expectativas de aquisição, como é a maior BTL de sempre”, reforçou Fátima Vila Maior.

A diretora da BTL referiu ainda considerar “interessante” o facto de “cada vez mais” a BTL ter “empresas ligadas ao setor do turismo não necessariamente dos segmentos do transporte e do alojamento, mas de “várias áreas, sobretudo, que acabam por constituir o pacote de oferta turística”.

Exemplo disso, é a “área dos museus”. Até esta edição, “grande parte dos museus e património cultural vinham, normalmente, integrados dentro do território, e pela primeira vez estão sozinhos, digamos assim, com uma programação própria (…)”.

Outro exemplo de crescimento são as empresas na área da animação turística, que, segundo a responsável, “estão cada vez mais aptas para criar conteúdos” para que os turistas quando saem, nomeadamente, para o interior do país, tenham opções no turismo náutico, ecoturismo, etc.

“Felizmente temos assistido à criação destas empresas que são essenciais para a criação da oferta turística”, disse Fátima Vila Maior.

Em 28 de fevereiro, no Seixal, a diretora da BTL tinha afirmado esperar que “”cerca de 70 mil visitantes” viessem a passar pela feira este ano, um número que, ainda assim, diz agora acreditar possa ser ultrapassado.

“No mínimo vamos ter o mesmo número [de visitantes que em 2018] (…). A única coisa que quero ressaltar é que em termos de profissionais, não são esperados muito mais”, não há “uma elasticidade infinita”, e estes costumam sempre ir à BTL, explicou.

Já “relativamente ao público poderá haver alguma flutuação, mas não gosto muito é de empolar os números porque os objetivos da BTL para o fim de semana, para o público, é, por um lado, dar condições aos visitantes para virem cá ter experiências, para conhecerem melhor o nosso país, para conhecerem melhor a oferta que existe internacionalmente. É um dia bem passado com a família. E, por outro lado, é poder ter a possibilidade de virem cá e em primeira mão comprarem a preços mais apetecíveis para as suas férias, quer desde já para a Páscoa, quer nas próximas férias”, acrescentou.

Fátima Vila Maior garante que o que pretendem é que não “haja grande enchente”: “Queremos que venham as pessoas certas, mas queremos que tenham o mínimo de condições para andarem a ver e para poderem sentar-se calmamente ao pé de um agente de viagens e poderem comprar as suas férias sem ser com aquela pressão de serem 500 mil pessoas”, exemplifica.

A responsável diz que, por isso, esperam “mais ou menos o mesmo número de pessoas de 2018”, admitindo, no entanto que “provavelmente” vão até ter mais.

No espaço da FIL, o pavilhão um abre com Lisboa, o destino nacional convidado na edição de 2019, e conta com as restantes regiões de Portugal (Alentejo, Algarve, Norte, Centro, Açores e Madeira).

Já a entrada do pavilhão dois está reservada para o Seixal, o município convidado deste ano, o qual tem procurado desenvolver a vertente turística, promovendo a baía integrada no estuário do Tejo e a extensa frente ribeirinha.

Ainda neste pavilhão, além da BTL cultural – uma parceria com a Fundação Calouste Gulbenkian, que conta com a participação de outras organizações culturais, como a Fundação Serralves, o MAAT, a Fundação Berardo e o Centro Cultural de Belém – e dos outros municípios, estará também localizada a animação turística e a gastronomia.

No pavilhão três vai estar localizada a BTL LAB, que representa a inovação no turismo e dá a conhecer 40 startups.

Por fim, no pavilhão quatro encontram-se as agências de viagens e destinos internacionais, destacando-se algumas novidades como Goa – que este ano vem diretamente (a Índia já costumava estar presente) ou as Seychelles, por exemplo. Macau é o destino internacional convidado.

De acordo com a responsável, entre 13 e 14 de março volta a decorrer o programa de ‘hosted buyers’, “que tem trazido à BTL cerca de 200 a 300 ’tours’ operadores internacionais” para conhecer a oferta do país, e, no fim de semana, entre 15 e 17 de março, terá a bolsa da empregabilidade, “com mais de dez mil ofertas de emprego na área do turismo”.

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