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França confinada até 11 de maio, mas festivais só depois de meados de julho

A França vai manter-se confinada até 11 de maio, mas grandes eventos de massas como festivais só vão ser permitidos a partir de meados de julho, anunciou na segunda-feira o presidente francês, Emmanuel Macron.

“Temos de continuar os nossos esforços e aplicar as regras. Quanto mais elas forem respeitadas, mais vidas vamos salvar. É por isso que o confinamento vai continuar até 11 de maio”, disse o presidente francês numa comunicação ao país.

Mas num momento em que o controlo da pandemia do Covid-19 ainda está longe de ser eficaz, o responsável manteve restrições sobre eventos de massas, como festivais. Estes não poderão ser realizados antes de meados de julho, pelo menos.

A decisão já levou ao cancelamento do Festival de Avignon, considerado o mais famoso evento teatral do mundo, que estava previsto para julho, no sul da França. “Não estão reunidas as condições para que decorra a 74.ª edição” do festival, referiu a organização, em comunicado, acrescentando que a decisão foi tomada tendo em conta as declarações do presidente francês. A 74.ª edição do Festival de Avignon iria decorrer nesta cidade francesa de 03 a 23 de julho.

Com esta decisão a indústria de eventos em França prolonga a sua paragem.

Em Portugal a área de eventos foi das primeiras a sofrer com os efeitos da pandemia do Covid-19, com centenas de eventos adiados ou cancelados, estimando a associação do sector, APECATE (Associação Portuguesa das Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos), perdas superiores a 300 milhões.

Recentemente, três organizações ligados a esta indústria, a APECATE, a APEFE (Associação de Promotores de Espetáculos, Festivais e Eventos) e a Aporfest (Associação Portuguesa de Festivais de Música), pediam ao Governo apoios para o sector, tal como a inclusão dos “apelam à inclusão dos sócios gerentes para o apoio lay-off, uma vez que a área prevê que o presente ano e o ano de 2021 estejam totalmente comprometidos, à manutenção dos orçamentos dos setores públicos para os eventos e a cultura, bem como à injeção de dinheiro nestas empresas, que foram as primeiras a fechar a atividade e serão, muito provavelmente, das últimas a retomar a mesma”.

As associações descrevem um cenário “dramático” para os sectores, com a APECATE a “anunciar mais de 300 milhões de cancelamentos e empresas 100% fechadas até setembro; a APEFE a destacar que são mais de 100 mil postos de trabalho afetados e mais de 25 mil espectáculos e festivais com entradas pagas cancelados ou adiados, apenas no período de 8 de março a 31 de maio, e a APORFEST com festivais/iniciativas canceladas ou adiadas desde 4 de março.”

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