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O presidente do CDS-PP, Francisco dos Santos, anunciou este domingo a demissão da liderança do partido, após a confirmação de que os centristas não conseguiram eleger qualquer deputado à Assembleia da República. O CDS tinha conseguido sempre conquistar mandatos em eleições legislativas, desde 1976.
“Estes resultados não deixam margem para dúvidas de que deixem de reunir condições para liderar o CDS”, afirmou Rodrigues dos Santos. “Apresentei ao presidente do conselho nacional a minha demissão de presidente do CDS”, acrescentou.
Chicão, como é conhecido, assumiu a derrota e lamentou a estratégia falhada, considerando que o partido foi “o mais penalizado” por uma “certa polarização” do debate político, “ventilada por diferentes sondagens”.
“Este é um mau resultado para o CDS, que ao fim de 47 anos perde a sua representação parlamentar”, concluiu.
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O líder demissionário, todavia, garantiu que o CDS “não morreu”, acreditando que os democratas cristãos reconquistarão um lugar no Parlamento nas próximas eleições legislativas.
Confirmada a saída, Rodrigues dos Santos disse que não deixará o CDS e que continuará a apoiar o partido. E deixou a garantia: “Nunca farei aos outros aquilo que me fizeram a mim”. Recorde-se que antes destas eleições, a liderança de Rodrigues dos Santos foi fortemente contestada, com Nuno Melo, eurodeputado do CDS, a posicionar-se para conquistar a chefia do partido.
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