A entrada em circulação das novas notas de 100 e de 200 euros, que acontece amanhã, vai ser acompanhada de várias campanhas de informação e de prevenção de fraude, nomeadamente por parte do Banco de Portugal e da Polícia de Segurança Pública (PSP).
O supervisor bancário vai ter um vídeo a passar nos media com informação sobre as características das novas notas e os dois novos elementos de segurança.
No caso da PSP vai incluir na sua campanha de prevenção, a publicação de dois posts nas redes sociais Facebook e Instagram. Também vai promover campanhas de informação junto de escolas, comerciantes e idosos. Segundo Alexandre Coimbra, porta-voz da PSP, sobretudo os idosos são vulneráveis a tentativas de fraude quando há lançamento de novas novas, com criminosos a fazerem-se passar inclusive por agentes da polícia. “No passado houve tentativas de burla. As pessoas devem ter a consciência de que ninguém pode ir a casa de ninguém trocar notas”, alertou.
As notas que já estavam em circulação não precisam ser trocadas e continua válidas. “E ninguém está mandatado para trocar notas em representação do Banco de Portugal”, afirmou Helder Rosalino, administrador do Banco de Portugal, na conferência de apresentação das novas notas.
Alexandre Coimbra, porta-voz da PSP pediu que “qualquer tentativa” para trocar notas de euro em representação de um agente da autoridade ou funcionário do Banco de Portugal seja imediatamente reportada através de “uma queixa na esquadra da área de residência”.
O Banco de Portugal recomenda que no manuseamento destas notas, tal como nas restantes, sejam seguidas as regras de “observar, tocar, inclinar”, para garantir que a nota não é falsa.
A Guarda Nacional Republicana também vai informar a população, incluindo mais idosa. Segundo o Major Pedro Ramos, “os crimes de burla correspondem a cerca de 7%” dos crimes cometidos contra idosos.
Paulo Farinha, diretor nacional adjunto da Polícia Judiciária (PJ) avisou que no lançamento de novas notas “os riscos associados decorrem da eventual falta de informação e de crenças”, como a de que é preciso trocar notas antigas pelas novas.
“A possibilidade de contrafação é limitada”, garantiu aquele responsável, adiantando que acontece mais em casos relacionados com tráfico de drogas, prostituição e também na dark web, uma zona da Internet onde criminosos se movimentam.
Durante 2018, foram retiradas da circulação em Portugal 18.047 contrafações de notas de euro e 2.801 de moedas. “As contrafações das notas de 20 e de 50 euros e da moeda de 2 euros continuam a ser as mais apreendidas”, segundo o Banco de Portugal.
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