A DECO-Associação de Defesa do Consumidor alertou esta quinta-feira para a existência de ofertas de crédito fraudulentas na Internet em que é prometido crédito em troca de um valor inicial, que pode atingir os 90 euros.
O modo de atuação dos criminosos consiste em pedir dados às vítimas, que pagam também uma “quantia de ‘análise inicial’”. Mas os supostos financiadores acabam por desaparecer, “deixando de atender os telefonemas e os números de telemóvel/telefone são dados como inexistentes ou não atribuídos”.
“Todos os dias nos chegam relatos de consumidores que se sentem lesados pela atuação de falsos intermediários de crédito”, refere a nota do Gabinete de Apoio ao Sobre-endividado da DECO.
“Ou seja, consumidores que se encontram numa circunstância e posição vulnerável, nomeadamente em termos económicos, são induzidos e atraídos para anúncios apelativos e disruptivos que visam o lucro fácil e a apropriação indevida dos seus dados”, adianta.
Segundo a DECO, “muitas das vezes, estas ‘entidades’ começam por pedir um valor inicial para a análise do pedido de crédito [normalmente entre os 60 euros e 90 euros], e após esse depósito/transferência ser feito, os responsáveis destas empresas, desaparecem por completo, deixando para trás, consumidores desprotegidos e sem dinheiro e sem crédito”.
A DECO lembra que existe uma lista com as entidades que estão autorizadas pelo Banco de Portugal a operar como intermediários de crédito, que deve ser consultada em caso de dúvida. A Associação recomenda ainda que, caso o consumidor seja confrontado com uma situação similar, deve contactar as autoridades, nomeadamente o Banco de Portugal.
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