A Associação Portuguesa de Bancos (APB) lança, esta segunda-feira, uma campanha nacional de sensibilização contra a fraude nos pagamentos.
Com o mote “Não passes cartão à fraude”, a iniciativa pretende alertar os clientes bancários para os riscos crescentes da fraude online.
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Este fenómeno tem vindo a aumentar em Portugal, admite à Renascença o presidente da APB. Sem avançar dados, Vítor Bento diz que o número de casos está a subir, no entanto, “do ponto de vista global, continuamos a ter níveis de fraude muito baixos, comparando com a Europa, ainda somos dos países onde a situação é menos grave”.
No entanto, diz Vítor Bento, “os indicadores estão a subir, quer do ponto de vista de tentativas, quer do ponto de vista do sucesso”.
Desconfiar de contactos que exijam decisão imediata
O presidente da Associação Portuguesa de Bancos avisa que todos somos um potencial alvo do cibercrime e lembra que as tentativas de fraude podem chegar através de chamadas telefónicas, e-mails ou mensagens.
O responsável máximo da associação que representa o setor bancário diz que é preciso desconfiar de contactos que exijam rapidez de decisão, porque “quem tem intenção de fazer fraude procura explorar as vulnerabilidades das pessoas, nomeadamente criando-lhes um sentido de urgência”, ou seja, colocam uma situação em que a “pessoa tem de tomar uma decisão rapidamente”.
Vítor Bento concretiza: “ou porque o filho precisa de dinheiro, ou porque alguém está a fazer uma transferência indevida e a pessoa tem de a bloquear”.
O presidente da APB sublinha que “as pessoas quando são confrontadas com o sentido de urgência baixam a guarda e, quando isso acontece, mais facilmente se entregam às pretensões de quem comete fraude”.
O que nunca pedem os bancos?
“Não se deixe iludir, não se deixe enganar”, pede o presidente da APB. Em declarações à Renascença, afirma que é fundamental cada um “promover práticas seguras no uso da banca digital”.
Vítor Bento avisa que “os bancos não pedem códigos, não pedem dados pessoais, não pedem passwords, pelo telefone, por SMS ou por e-mail”.
Este responsável sublinha que alguém que “peça esses dados, é seguramente fraude”.
Em caso de dúvida, Vítor Bento afirma que o melhor é telefonar para o banco, mas não se devem usar os números “transmitidos através das mensagens”, avisa, sublinhando que os clientes bancários “devem ter os seus próprios contactos”.
“Não passes cartão à fraude”, é o mote da campanha da APB.
Lançada esta segunda-feira, dirige-se em particular a três grupos: jovens entre os 14 e os 24 anos, nativos digitais expostos ao comércio eletrónico, redes sociais e aplicações de pagamento, os ‘millennials’, até aos 40 anos, que são utilizadores intensivos do digital e idosos com mais de 65 anos, que enfrentam maiores dificuldades de literacia digital.
Com esta iniciativa, o presidente da APB diz que se “pretende educar os diferentes públicos sobre os principais tipos de fraude” nas transações eletrónicas, com destaque para o ‘phishing’ e a usurpação de identidade, porque “não passar cartão à fraude, é não dar troco à fraude, é proteger aquilo que é pessoal, como dados, códigos de acesso e em caso algum se deve carregar em links”.
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