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“O governo insiste numa proposta de empobrecimento dos trabalhadores do Estado que a Frente comum não pode aceitar”, afirmou esta sexta-feira o secretário-geral da Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública (Frente Comum), Sebastião Santana, à saída de uma reunião com a secretária de Estado da Administração Pública, Inês Ramires. “Se o governo se mantiver intransigente neste caminho de empobrecimento, admitimos qualquer forma de luta incluindo greve nacional”, atirou.
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Nesta segunda ronda negocial, o dirigente sindical insistiu que “os trabalhadores da Função Pública já perderam um salário este ano só pela inflação e o governo não assume nenhuma medida imediata que reponha o poder de compra”.
Quanto ao aumento do subsídio de refeição de 4,77 para 5,20 euros por dia, Santana considerou insuficiente: “Como se consegue fazer uma refeição com aquele valor, a nossa proposta são 9 euros, e o governo está muito longe de lá chegar”.
O dirigente sindical criticou ainda “as incongruências absolutas na valorização da antiguidade dos assistentes operacionais”: “Descobrimos que quem tem mais de 15 ou mais de 30 anos só terá direito à valorização no momento em que houver lugar a promoção, ou seja, quando tiver 10 pontos, isto significa que um trabalhador apenas com um ponto vai ter de esperar 10 anos para mudar de posição”. “Em janeiro será, um número muito reduzido de trabalhadores que podem beneficiar da medida”, salientou.
Na ótica de Sebastião Santana, “há espaço e dinheiro para haver uma maior valorização dos trabalhadores sem prejudicar as contas do país”.
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Apesar da avaliação negativa, a Frente Comum “não vai desistir das negociações” ainda que reconheça que “com um governo do PS com maioria absoluta vai ser muito difícil negociar”.
“Não houve evolução nenhuma nesta proposta, o que o governo está a fazer é empurrar os trabalhadores para a luta”.
No próximo dia 15 de outubro, a Frente Comum junta-se à manifestações promovidas pela CGTP em Lisboa e no Porto.
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