//Fundação “la Caixa” investe 20 milhões em ações sociais

Fundação “la Caixa” investe 20 milhões em ações sociais

O ano de 2019 é o segundo em que a fundação “la Caixa” está a atuar em Portugal. O orçamento aumentou para 20 milhões, mas as perspetivas são que aumente ao longo dos próximos anos.

2018 foi o primeiro ano em que a fundação “la Caixa”, dona do CaixaBank e do BPI, desenvolveu projetos de ação social em Portugal. Despendeu mais de 12 milhões de euros. O orçamento para este ano cresceu e a fundação estima investir 20 milhões de euros. E assim vai continuar, devendo atingir os 50 milhões de euros em 2022, só para Portugal. Esta meta não é totalmente nova, uma vez que, no ano passado, o então diretor-geral da fundação, Jaume Giró, avançava que o programa que apoia vários projetos sociais deveria alcançar os 50 milhões, embora não avançasse uma data.

Artur Santos Silva, um dos responsáveis pela fundação, avançou esta manhã, em conferência de imprensa, que esta fundação é provavelmente a que tem uma das maiores intervenções ao nível social. “Na área social, atua sobretudo através de programas”. A “la Caixa” não entrega verbas diretamente às pessoas mas abre concursos para selecionar as melhores entidades, nomeadamente do terceiro setor – apesar de ter também parcerias com o setor público – que atuam nas áreas em que entendem que há mais carência de apoio.

Com a dotação prevista para este ano querem ampliar a ação social, em conjunto com o BPI, através do lançamento de novos programas para combater a pobreza infantil, que tem como missão a promoção socioeducativa de crianças e jovens em risco ou situação de exclusão, e em áreas prioritárias como o envelhecimento ativo e saudável.

“Em Portugal, estamos a procurar aplicar aquilo que em Espanha” tem estado já a ser feito, disse Santos Silva, justificando esta escolha com o facto de as duas economias terem características semelhantes. “Mas procuramos com o apoio de consultores ver que programas podem ser ajustados às necessidades” existentes no país.

Além deste enfoque nas questões sociais, a fundação vai reforçar os projetos já em execução para promover a investigação, o conhecimento e a atribuição de bolsas científicas, bem como, iniciativas culturais e educativas um pouco por todo o pais.

Balanço de 2018

Entre os projetos realizados no ano passado, houve seis que se destacaram. O primeiro é o programa Incorpora. O objetivo com esta iniciativa é permitir a inserção sociolaboral, facilitando assim o acesso ao mercado de trabalho, de grupos de pessoas que se encontrem em situação de exclusão. Esta iniciativa foi responsável por colocar quase 500 candidatos em postos de trabalho.

Já o programa Humaniza visa outro conjunto de pessoas: pessoas que sofram de doenças que estão já avançadas. A fundação explicou que se destina a dar assistência tanto psicossocial como espiritual às pessoas que se encontram no final das suas vidas, e seus familiares. No ano passado, foram atendidos 1800 pacientes e 2000 familiares.

Os prémios BPI “la Caixa”, que dá apoio a projetos de instituições sociais, no total de 77 projetos no valor de 2,23 milhões de euros em 2018.

Foi concedido também ao longo do ano passado um apoio à investigação científica. No total, foram atribuídos 4,6 milhões de euros a oito projetos de investigação nas áreas da biomedicina e saúde.

Ao nível da cultura, foram firmados vários acordos com instituições de cultura de referência, como a Fundação de Serralves, a Casa da Música e o Museu Nacional de Arte Antiga.

E por fim, o Programa Promove que ambiciona dinamizar as zonas do Interior que fazem fronteira com Espanha, tendo já cinco projetos-piloto sido apoiados.

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