Desde que foi criado, em 2014, o Fundo de Resolução pagou cerca de 466 milhões de euros em troca dos empréstimos do Estado, segundo o vice-governador do Banco de Portugal, Luís Máximo dos Santos. O responsável indicou que as contribuições dos bancos totalizam cerca de 1,3 mil milhões de euros.
O Fundo de Resolução é financiado por contribuições feitas pelos bancos. Mas como não teve recursos para pagar as despesas com o BES e Banif teve de pedir dinheiro emprestado aos contribuintes. Na criação do Novo Banco, em agosto de 2014, o Tesouro emprestou 3,9 mil milhões de euros.
No ano passado fez um novo financiamento de 430 milhões para uma injeção no banco. E este ano o Estado deverá fazer novo empréstimo de 850 milhões de euros para que o Fundo de Resolução consiga cumprir com a responsabilidade assumida aquando da venda do Novo Banco à Lone Star. A entidade liderada por Máximo dos Santos comprometeu-se a injetar um máximo de 3,89 mil milhões até 2025 para fazer face a perdas com ativos herdados ainda do antigo BES.
Além dos empréstimos para o Novo Banco, o Fundo de Resolução deve ainda 350 milhões relativos à resolução do Banif. A taxa de juro destes empréstimos é de 2%. No caso dos financiamentos para o Novo Banco será revista a cada cinco anos. O vencimento acontece apenas em 2046. Mas Máximo dos Santos indicou que se o Fundo de Resolução conseguir um bom encaixe na venda dos 25% que detém no banco liderado por António Ramalho, esses prazos poderão ser antecipados.
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