Os investidores do Fundo II, gerido pela Explorer Investments, recebeu esta sexta-feira luz verde de 94% dos seus investidores para ter mais três anos para vender os seus ativos.
A carteira do Fundo II inclui atualmente empresas como a Starfoods, que é dona da Companhia das Sandes e da Loja das Sopas, a MOP, uma empresa de outdoors, e a Cariano.
“A Explorer Investments tem vindo a receber propostas por estas empresas, mas a gestão considerou que seria do interesse dos investidores prolongar o período de vida do fundo por forma a negociar a saída das mesmas com maior tranquilidade nas negociações que tem vindo a decorrer”, refere a gestora do fundo em comunicado.
A Explorer não divulgou qual foi a performance deste fundo em 2019, adiantando apenas que “foi valorizado em 30 milhões de euros” no ano passado.
Segundo a Explorer, só se mostraram contra o prolongamento do fundo dois investidores: “o advogado de Marco Lebre, antigo acionista da Explorer Investments, que não pode votar por conflito de interesse, uma vez que lidera um concorrente, a Crest Capital Partners; a “a Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), que detém 0,04% do Fundo Explorer II”.
O jornal Expresso, noticiou no final de fevereiro passado que, o Explorer II, criado há 13 de anos com um investimento de 200 milhões de euros, tem vindo a acumular desvalorizações. Segundo o jornal, em 2019 o fundo obteve uma taxa interna de rentabilidade líquida negativa em 6% e que desde a sua criação suportou comissões de gestão de 31,4 milhões de euros.
A Explorer Investments é detida pelos sócios fundadores Rodrigo Guimarães e Elizabeth Rothfield e gere e assessora fundos com ativos superiores a 1,4 mil milhões de euros.
A gestora detém ainda o Fundo III, que foi criado em 2010 com um valor de 135 milhões de euros, “e que tem uma expectativa de devolver aos acionistas 3X do capital investido. Atualmente, este fundo já devolveu 1,6X do capital investido com a venda das empresas Brandcare, Roq e Finieco”.
A Explorer tem um quarto fundo, “o Fundo IV, que tem um objetivo de 100 milhões e que vai começar a fazer os primeiros investimentos”.
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