//Fusão da Iberia com a Air Europa cai de vez e TAP volta a ser opção

Fusão da Iberia com a Air Europa cai de vez e TAP volta a ser opção

O negócio estava a ser negociado há cinco anos, a compra da Air Europa (AE), uma grande empresa espanhola de aviação, pelo consórcio IAG, dono da Iberia, da British Airways, da Vueling e da Aer Lingus. Esbarrou na concorrência.

“As exigências da Direção-Geral da Concorrência para dar luz verde à operação foram tão altas que deixam de ter sentido empresarial para a Iberia”, diz a companhia em comunicado.

A IAG atirou finalmente a toalha ao chão e desistiu dos planos de fusão, devido às exigências impostas pela Comissão da Concorrência espanhola. Segundo o Expresso, com este desfecho, a aquisição da portuguesa TAP volta a estar nos planos da holding hispano-britânica IAG.

O objetivo do negócio era a constituição de um grande hub aeronáutico a sul da Europa, no aeroporto Adolfo Suárez/Madrid-Barajas. Mas a fusão foi considerada gravemente prejudicial para os consumidores, mesmo com a renúncia da Ibéria a mais de metade das rotas domésticas e de curta duração da AE.

Esta fusão teria dado à IAG 64% do controlo do tráfego entre Espanha e a América.

Ao desistir da fusão, a empresa perde 50 milhões de euros em compensações, que se somam aos 75 milhões que já tinha pago há dois anos e meio, quando a operação falhou pela primeira vez.

TAP: o plano B

A Iberia pode agora avançar com o “plano B”, previsto caso a fusão com a AE falhasse, como se concretizou. No horizonte está, assim, a portuguesa TAP, que o Estado anunciou que quer privatizar.

A privatização já tinha arrancado com o Governo anterior, de António Costa, mas o processo voltou à estaca zero com a convocação de eleições antecipadas e a formação de um novo Governo.

No mesmo dia em que anunciou que a compra da Air Europa já não se vai concretizar, Luis Gallego, CEO da IAG e antigo presidente da Iberia, garantiu que “quando a TAP sair para o mercado, analisaremos se faz sentido” avançar com uma oferta de compra.

O executivo de Luís Montenegro já admitiu a venda total da TAP de forma faseada, mas ainda não há datas, nem pormenores, sobre os planos do novo governo para a companhia portuguesa.

A imprensa económica espanhola aponta a TAP como a grande oportunidade da IAG, depois de falhar a compra da Air Europa. O grupo espanhol não estará sozinho. O mercado aponta, pelo menos, mais dois grandes interessados: a KLM-Air France e a Lufthansa.

A IAG fechou o primeiro semestre deste ano com um lucro de 905 milhões de euros, menos 1,7% do que em igual período do ano passado. Já a KLM-Air France registou perdas de 314 milhões e a Lufthansa de 265 milhões, também nos primeiros seis meses do ano.

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