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O ministro das Infraestruturas entende que tem “todas as condições para estar neste Governo” e garante que o ministério que lidera “nunca quis ocultar quaisquer notas à CPI”. Em conferência de imprensa, João Galamba reforçou que foi o ex-adjunto, Frederico Pinheiro, que nunca quis enviar as ditas notas, o que só fez por insistência do ministério.
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“Os factos mostram que não se trata aqui de haver versões contraditórias. […] Os factos são claros, diria mesmo cristalinos, e demonstram à saciedade os esforços de todos os elementos da minha equipa, nas insistências reiteradas para que tudo fosse recolhido”, acrescentou, depois de ter feito uma cronologia dos acontecimentos.
Como conclusão, João Galamba explicou que foi pedida prorrogação à CPI para a entrega das notas da reunião secreta com a ex-CEO da TAP precisamente para poder entregá-las.
O ministro explicou que após a audição da então CEO da TAP, a sua chefe de gabinete convocou uma reunião, a 5 de abril, para recolher toda a informação sobre o encontro entre PS, Governo e ex-CEO da TAP. Nessa reunião, segundo disse, foi pedido a todos os membros do gabinete que tinham estado presentes que fornecessem os elementos que tinham.
“Nenhum deu indicação de existirem elementos documentais, nem de ter havido combinação de perguntas e respostas”, afirmou, garantindo haver várias testemunhas disso mesmo. Acrescentou então que só a 24 de abril é que o ex-adjunto informou ter notas dessa reunião e que lhe foi solicitado que as entregasse.
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Após “pedidos reiterados” para que entregasse as notas, segundo Galamba, Frederico Pinheiro nunca o fez, o que obrigou o ministério a solicitar à CPI o adiamento do prazo de entrega. Mesmo assim, disse, o então adjunto não o fez e só deu resposta ao pedido a 26 de abril.
“Este ministério nunca quis ocultar quaisquer notas à CPI”, garantiu. “Reitero a negação categórica das acusações”.
O ministro esclareceu que autoridades foram chamadas pela chefe de gabinete porque o computador do ex-adjunto tinha informação classificada. E manifestou solidariedade para com os elementos do ministério que foram alvo de uma “bárbara agressão”.
Galamba disse que considera ter “todas as condições para estar neste Governo”, mas admitiu que a decisão “depende da avaliação e vontade do primeiro-ministro”.
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