A Galp teve em 2021 um lucro de 457 milhões de euros, depois dos prejuízos de 42 milhões no ano anterior, segundo os resultados comunicados à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
De acordo com os dados divulgados, o resultado ajustado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) subiu 48% em 2021 para 2.322 milhões de euros, enquanto o cash flow operacional ajustado (OCF) aumentou 49% em termos homólogos para 1.852 milhões de euros, suportado pelos fortes resultados do Upstream.
“Convictos da nossa solidez financeira e da resiliência do crescimento do nosso cash flow, o Conselho de Administração ajustou as distribuições aos acionistas, eliminando os efeitos transitórios que afetaram a posição da dívida líquida no final do ano, visando lançar um programa de recompra de ações de €150 milhões, para além do dividendo base proposto, de €0,5/ação”, refere o presidente executivo da Galp, Andy Brown, citado no comunicado divulgado pela empresa.
Segundo a mesma nota, a empresa também reviu as diretrizes de remuneração aos acionistas, “considerando um dividendo progressivo e programas de recompra de ações suplementares”, estimando distribuir até 1/3 do cash flow operacional ajustado nos próximos anos.
O cash flow das operações (CFFO) do grupo ascendeu a 1.052 milhões de euros, refletindo um investimento em fundo de maneio durante o segundo semestre de 2021, “que incluiu um aumento temporário de €605 milhões nas contas de cobertura de risco no aprovisionamento e preço de gás natural, os quais se estimam serem revertidos durante 2022”, refere a empresa.
O investimento totalizou 936 milhões, “com o Upstream a representar 66% do total dos investimentos, enquanto as atividades de downstream representaram 17% e as Renewables & New Businesses 15%”.
Segundo a nota da empresa, a Galp tem como objetivo prosperar ao longo da transição energética, “continuando a entregar um crescimento médio da produção Upstream de 25% de 2021 para 2025, a partir de um dos portefólios de projetos mais eficientes da indústria, enquanto transforma progressivamente as suas atividades downstream, em linha com a transição energética”.
Prevê igualmente continuar a “expandir os seus negócios de Renováveis, com a ambição de atingir uma capacidade bruta total instalada de 12 GW até 2030, e explorar outras oportunidades na cadeia de valor energética” e acelerar a “descarbonização das suas operações, com a ambição de ser uma empresa com emissões líquidas zero até 2050 e com objetivos intermédios até 2030”.
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