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A Galp prevê pagar um dividendo base de 50 cêntimos por ação nos próximos anos, a que se juntará uma componente variável adicional, calculada em função dos resultados, informou esta quarta-feira ao mercado a petrolífera.
Segundo a atualização do plano estratégico até 2025, “a remuneração acionista considera um dividendo base de 50 cêntimos por ação e uma componente variável adicional, que será distribuída na medida em que o rácio de dívida líquida para EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) fique abaixo de 1,0x, com o total de distribuição”.
O dividendo base deverá ser pago em duas tranches anuais, existindo lugar ao pagamento da parcela variável, esta será paga uma vez por ano juntamente com a segunda parcela do dividendo base, após a aprovação na assembleia-geral, segundo o comunicado hoje divulgado na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Já em relação ao atual exercício, a Galp informa que, “com base nesta estrutura de remuneração e nos pressupostos atuais da empresa, relativamente ao exercício de 2021, a Galp planeia distribuir um dividendo intercalar no terceiro trimestre, antevendo a existência de uma componente variável a ser paga juntamente com o restante base no próximo ano”.
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No ano passado, foram distribuídos 580,5 milhões de euros pelos acionistas da Galp Energia, correspondente a 0,70 euros por ação.
Mas em fevereiro passado, o Conselho de Administração propôs “um ajuste do dividendo” para refletir “os impactos inesperados resultantes das condições de mercado particularmente adversas” devido à pandemia de covid-19.
Já nessa altura, a Galp deixou expresso o objetivo de 50 cêntimos relativos ao exercício de 2021, “considerando as perspetivas atualizadas da envolvente macro”.
A Galp teve em 2020 um resultado negativo em 42 milhões de euros, comparando com os 560 milhões de lucros conseguidos no ano anterior, valores que mostram os desafios impostos ao setor pela pandemia, segundo os dados revelados então pela empresa.
A Amorim Energia é o principal acionista da Galp, com uma participação de 33,34%, e o Estado português que detém 7,48% do capital, através da Parpública, segundo a informação na página da petrolífera.
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