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O preço do gás natural no mercado regulado vai aumentar, em outubro, 3,2% comparativamente a outubro de 2022, mas, na prática, o aumento será de 2,4% em média devido à atualização trimestral ocorrida em janeiro.
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Significa isto que, explica a Entidades Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) em comunicado, que a fatura média mensal de um casal sem filhos – ou seja, que se situa no 1º escalão e com um consumo de 1610 kWh ao ano – será de 13,92 euros a partir de outubro, mais 38 cêntimos do que paga agora. No caso de um casal com dois filhos, e que, por isso, se situa no 2º escalão, com um consumo de 3407 kWh ao ano, o agravamento será de 57 cêntimos em média, por mês, para um total de 26,25 euros.
Este acréscimo, diz a ERSE, “é essencialmente justificado pelo aumento das tarifas de acesso às redes no ano gás 2023-2024, devido a uma diminuição da procura que resulta num incremento dos custos das infraestruturas”.
Esta é a proposta de aumento tarifário da ERSE, mas que terá ainda de ser alvo de parecer do Conselho Tarifário. A aprovação e publicação das tarifas finais será conhecida a 1 de junho e entrará em vigor a 1 de outubro. Estarão sujeitos a este aumento os cerca de 408 mil consumidores de gás natural que ainda permanecem no mercado regulado.
Sublinha o regulador que, com esta proposta, os preços de venda a clientes finais do mercado regulado observam uma subida média anual de 1,7% em cinco anos, e que os consumidores com tarifa social irão beneficiar de um desconto de 31,2% sobre as tarifas transitórias que vierem a ser decididas.
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Estes são os preços para clientes com consumos iguais ou inferiores a 10 mil metros cúbicos ao ano, o que representa, essencialmente, mos consumidores residenciais.
Mas o aumento das tarifas de acesso às redes – que são pagas por todos os consumidores pelo uso da infraestrutura de gás natural – para os consumidores industriais, ou seja, todos os que têm consumos superiores a 10 mil metros cúbicos ao ano – vai sofrer um agravamento de 2,7%, em relação ao ano passado, para os clientes de alta pressão e de 2,8% para os de média e baixa pressão.
“De referir que a variação do preço final dos consumidores em mercado liberalizado, que no final de fevereiro eram cerca de 1,1 milhões, depende, não apenas das tarifas de acesso ás redes, mas também da componente de energia adquirida por cada comercializador nos mercados internacionais”, destaca a ERSE.
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