A diretora executiva da Trip.com Group, uma das maiores agências de viagens do mundo, afirmou à Lusa que assim que a pandemia estabilizar pretende enviar “clientes de alta gama” para Portugal e que tenciona investir no país.
“Estamos muito avançados na preparação da recuperação [da pandemia] para enviar clientes para a Europa e Portugal” disse Jane Jie Sun, em entrevista à Lusa à margem de um evento realizado em Macau.
A responsável do grupo proprietário de empresas de viagens online como a Skyscanner, Trip.com, MakeMyTrip, Qunar, Ctrip.com, entre outras, explicou ainda que “a maioria dos países europeus quer muito atrair turistas chineses porque o poder de compra é muito forte”.
Apesar de toda esta confiança, existe um entrave que está a atrasar a chegada de visitantes chineses à Europa: as quarentenas no regresso a “casa”. .
A China permanece praticamente isolada na política de casos zero covid-19 e impõe fortes restrições fronteiriças e elevadas quarentenas a quem queira regressar ao país. .
Ainda assim, Jane Jie Sun mostrou-se relativamente confiante de que esta situação poderá ser alterada em 2022, mas que “tudo depende do controlo do vírus”. .
“Se conseguirmos [A China] chegar ou ultrapassar 85% ou 90% [de vacinados], se a terceira dose for eficaz e se a taxa de mortalidade estiver sob controlo, há possibilidades”, frisou. .
Até lá, garantiu, a empresa tem uma equipa de pesquisa a explorar locais e “resorts” para a chegada de clientes da China.
“A Europa tem muitas boutiques hotéis e resorts lindos e nós queremos garantir que todos estes hotéis e resorts estejam disponíveis aos nossos clientes na China”, sublinhou. .
Em Portugal essa pesquisa também está a ser feita, e quando questionada pela Lusa sobre se o grupo estava a pensar investir em Portugal, a resposta foi pronta: “Claro”.
A prova deste compromisso por parte do grupo com Portugal ficou patente com o lançamento, este mês, de uma campanha conjunta com Turismo de Portugal. .
Em resposta à Lusa, o Turismo de Portugal explicou que a campanha “vocacionada inteiramente para o segmento digital, em particular para os dispositivos móveis” tem como foco “essencialmente para “millennials” e “genZ” chineses e, geograficamente, privilegiando as principais cidades chinesas emissoras de turistas, nomeadamente Pequim, Xangai, Cantão, Chengdu, Chongqing, entre outras”.
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