//Giorgio Pradelli “Diversificar e flexibilizar investimentos é essencial em tempo de volatilidade”

Giorgio Pradelli “Diversificar e flexibilizar investimentos é essencial em tempo de volatilidade”

Foi um ano de lucro recorde, seguido de um trimestre recorde para o EFG International, banco de investimento suíço que há quatro anos abriu um private banking em Portugal para gerir carteiras de pelo menos 1 milhão de euros. Em entrevista ao DV, o CEO do EFGInternational analisa o cenário macro e antecipa riscos, mas também oportunidades. E garante que Portugal é “uma aposta de longo prazo para o EFG”.

Há um ano, sinalizou a inflação e a expectativa de reação do BCE subindo as taxas de juro como suas principais preocupações para este ano. As suas piores expectativas foram confirmadas?

De certa maneira sim, o ano passado foi um ano difícil. Atingiu-se o nível mais alto de inflação em 40 anos, por várias razões, e os bancos centrais tiveram de reagir para dominar a escalada, subindo taxas de juros nos principais blocos económicos. Foi complicado para os mercados financeiros e também para o setor em geral – até porque já lidávamos com desequilíbrios na procura, problemas nas cadeias de abastecimento ainda da covid, e o impacto da guerra na comida e na energia tornou tudo pior. Mas para nós foi um ano muito bom. Navegámos bem as oportunidades e temos um balanço com muita liquidez. Portanto vamos poder continuar a crescer e a traduzir esse crescimento em lucros. Em 2022, tivemos lucros líquidos de 249 milhões de francos suíços (256 milhões de euros), o que é um aumento de 48% relativamente a 2021 e um recorde para nós. Portanto, a inflação foi dos maiores desafios do mercado e as taxas de juro criaram muita volatilidade, mas nós conseguimos operar bastante bem.