//Governo admite não responder a todos no apoio a pais, mas quer medidas “sustentáveis para 2021”

Governo admite não responder a todos no apoio a pais, mas quer medidas “sustentáveis para 2021”

O governo admite que o alargamento da medida de apoio à família a alguns pais em teletrabalho, e com subida de valores para famílias monoparentais ou onde haja partilha semanal do cuidado a menores, não responde a todas as preocupações manifestadas pelos partidos que no parlamento exigem um apoio sem exceções, mas defende que as opções mais restritivas têm em vista garantir a sustentabilidade dos apoios globais de resposta à pandemia.

“Talvez não tenhamos respondido a todas as questões, mas temos de perceber que temos também de tornar os apoios que temos hoje sustentáveis para o ano de 2021, porque o país ainda precisa desses apoios e vai precisar desses apoios. E o governo quer dizer presente ao longo do ano”, defendeu nesta quinta-feira o secretário de Estado Adjunto, do Trabalho e da Formação Profissional, Miguel Cabrita, no parlamento.

O governante respondia perante PCP, Bloco de Esquerda, que convocaram a apreciação parlamentar das regras de apoio a pais com filhos menores de 12 anos devido à suspensão de aulas presenciais desde 22 de janeiro, uma iniciativa que fez chegar à Assembleia várias propostas dos partidos para garantir maior acesso à medida para os pais em teletrabalho e, nalguns casos, a subida da compensação para 100% do valor do salário dos beneficiários.

Segundo Miguel Cabrita, as alterações que o governo fez hoje aprovar em Conselho de Ministros, respondem ainda assim em parte às preocupações levantadas pelos vários partidos, onde se incluem também PSD, CDS-PP, PAN, PEV, Iniciativa Liberal e Chega.