//Governo angolano diz que é “de todo o interesse” consolidar aliança com a Galp

Governo angolano diz que é “de todo o interesse” consolidar aliança com a Galp

O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás angolano, Diamantino Azevedo, considera que “é de todo o interesse” consolidar a aliança com a Galp, adiantando que alguns projetos estão ainda por concretizar devido aos desafios “tecnológicos e financeiros” que representam.

Diamantino Azevedo abordou, em entrevista à Lusa, a relação entre a petrolífera estatal angolana Sonangol e a Galp Energia, uma aliança que interessa consolidar.

“É evidente o interesse de preservação e consolidação desta aliança e que não deve em circunstância alguma ser ignorada”, destacou o ministro, rejeitando que as sinergias entre as duas empresas estejam subaproveitadas e apontando o caso da Sonangalp, resultante de uma “joint venture” entre a Galp Energia e a Sonangol que opera uma rede de postos de distribuição de produtos petrolíferos em Angola.

Para este “entendimento”, segundo Diamantino Azevedo, é também relevante o facto de no segmento de “upstream” (exploração e produção de petróleo) Sonangol e Galp estarem em igualdade de circunstâncias do ponto de vista da dimensão das participações nas concessões petrolíferas, “sem que nenhuma esteja arredada de uma projeção futura à condição de operadora no “upstream””.

Para o responsável da tutela do petróleo, a “falta de materialização até ao momento de projetos no “upstream” decorre fundamentalmente da ponderação relativa aos desafios tecnológicos e financeiros impostos pelos investimentos em águas profundas e ultraprofundas, que são a origem de cerca de 70% do petróleo de Angola”.

“Queremos deixar claro que, quer a nível dos investimentos que fazemos, quer na forma de participação na Galp, a Sonangol estará sempre atenta às oportunidades que se apresentarem”, indicou.