O Governo aprovou esta quinta-feira o caderno de encargos da venda do banco que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) tem no Brasil, seguindo-se a seleção dos interessados que poderão apresentar propostas vinculativas.
“Depois de terem sido recolhidas as intenções dos potenciais interessados na operação, o Governo aprova e dá a conhecer as condições específicas a que deve obedecer a venda direta”, lê-se no comunicado hoje divulgado pelo Conselho de Ministros, em que é referido ainda que a próxima fase é “a seleção dos interessados que passam à fase subsequente do referido processo de alienação”.
O Governo diz ainda que com a aprovação do caderno de encargos da venda do Banco Caixa Geral – Brasil é concluído “mais um importante passo no sentido da execução dos compromissos assumidos no âmbito do plano estratégico da CGD, subjacente ao plano de recapitalização garantido pelo Estado”.
Na terça-feira, o presidente executivo da CGD disse que o banco está a fazer a análise das ofertas não vinculativas que lhe chegaram para a operação do Brasil.
Paulo Macedo não indicou, contudo, o número de entidades que fizeram ofertas não firmes, mas disse que o facto de haver várias ofertas pode levar a “tensão competitiva” na fase de ofertas vinculativas, beneficiando o preço.
A venda das operações da CGD em Espanha, África do Sul e Brasil foram acordadas com a Comissão Europeia, no âmbito da recapitalização do banco público.
No ano passado, foi decidido vender o banco de Espanha ao Abanca (que comprou em Portugal a operação do Deutsche Bank) e o Mercantile Bank ao fundo de investimento Capitec Bank Limited, numa mais-valia total estimada em 200 milhões de euros.
A concretização da venda das operações de Espanha e África do Sul ainda não aconteceu, uma vez que faltam autorizações.
A CGD registou lucros de 282,5 milhões de euros no primeiro semestre de 2019, o que compara com os 194 milhões de euros registados no mesmo período de 2019, o que corresponde a um aumento de 46% face ao período homólogo do ano passado.
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