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O Metropolitano de Lisboa está autorizado a contratar 58 novos trabalhadores durante este ano, de forma a dar resposta às necessidades da empresa, anunciou o Ministério do Ambiente e da Ação Climática, esta terça-feira.
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“Respondendo às necessidades de reforço do efetivo do Metropolitano de Lisboa, o Governo autorizou a empresa, no âmbito do respetivo Plano de Atividades e Orçamento de 2022, a contratar 58 trabalhadores, o que representa um aumento de gastos com pessoal de 3,6 milhões de euros”, é referido numa nota do Ministério tutelado por Duarte Cordeiro.
Ainda segundo a mesma nota, a contratação inclui 34 agentes de tráfego, 13 oficiais de manutenção, nove técnicos especializados e dois inspetores de obra.
“A entrada de 34 novos agentes de tráfego permite a progressão interna de 22 trabalhadores que, assim, passam a exercer a função de maquinistas, conforme o compromisso assumido pelo ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, com as associações sindicais no passado dia 27 de maio”, lê-se no comunicado.
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A autorização agora concedida pelo Governo também possibilita “a implementação de promoções automáticas previstas no Acordo de Empresa, o reforço de trabalhadores afetos às estações e ao atendimento ao cliente, bem como o reforço das equipas nas áreas da manutenção, do acompanhamento e fiscalização das empreitadas de modernização e expansão da rede”, é ainda referido.
O reforço de trabalhadores surge numa altura em que se verificam várias greves na empresa, inclusive ao trabalho suplementar e eventos especiais durante o mês de junho, tal como aconteceu na noite de Santo António (de domingo para segunda-feira).
Em 27 de maio, a administração do Metro de Lisboa comprometeu-se a reduzir a oferta do serviço para não sobrecarregar mais o horário dos funcionários, adiantaram, na altura, os sindicatos representativos dos trabalhadores, à saída de uma reunião com o Governo.
Nesse dia, em que se cumpriu mais uma greve, quatro sindicatos estiveram reunidos com o ministro do Ambiente e da Ação Climática e com o presidente do conselho de administração, Vítor Santos.
“Acabou por ser assumido que o conselho de administração vai tentar fazer um esforço, a partir de segunda-feira [30 de maio], para nos apresentar uma proposta de um horário que venha reduzir a oferta e aliviar o peso que está sobre os trabalhadores operacionais, mas é insuficiente. Ficou de se ver também algumas respostas que ficaram pendentes e que seriam dadas durante a próxima semana”, apontou, na ocasião.
Anabela Carvalheira ressalvou, na altura, que a medida de redução da oferta será tomada pela empresa enquanto não existir um aumento do número de operacionais, situação que, para a sindicalista, é a origem dos “principais problemas que existem no Metropolitano de Lisboa”.
Ainda em maio, o ministro do Ambiente, que tutela os transportes urbanos, admitiu que o Metropolitano de Lisboa precisa de mais trabalhadores, adiantando que até ao final de junho iriam ser iniciados os procedimentos para as contratações.
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