//Governo consegue congelar défice em agosto já depois de um primeiro corte em julho

Governo consegue congelar défice em agosto já depois de um primeiro corte em julho

Depois de uma primeira redução em termos acumulados até julho e também em termos mensais, o défice público de 2021 ficou estabilizado nos primeiros oito meses deste ano, mais um sinal de que o governo pode conseguir entregar, no final deste ano, um défice igual ou mesmo inferior face às metas com as quais se comprometeu.

De acordo com uma nota do Ministério das Finanças (MF) sobre a nova execução orçamental enviada, esta segunda-feira, às redações, “o défice das Administrações Públicas até agosto atingiu os 6.878 milhões de euros em contabilidade pública”, praticamente em linha com os 6.840 milhões de euros registados em janeiro-julho e ligeiramente mais elevado (em 550 milhões) face a agosto do ano passado, tinha a pandemia cerca de cinco meses.

Em julho, o défice tinha recuado uns expressivos 1.630 milhões de euros face a igual mês de 2020 e quebrado 220 milhões face ao mês precedente de 2021 (junho). Agora, como referido avança 550 milhões de euros em termos homólogos, mas apenas 37 milhões face ao mês anterior.

“O défice das Administrações Públicas até agosto atingiu os 6.878 milhões de euros em contabilidade pública, agravando-se em 550 milhões de euros face ao período homólogo em resultado do crescimento da despesa (5,1%) ter sido superior ao observado na receita (4,7%)”, diz esta segunda-feira a tutela do ministro João Leão.

“Este agravamento encontra-se amplamente influenciado pela prorrogação do prazo de entrega do IVA de agosto“, diz ainda o gabinete de João Leão.

“A receita fiscal cresceu 1,0% ajustada de efeitos extraordinários, tais como os diferimentos originados pelos planos prestacionais. Esta evolução encontra-se influenciada pela prorrogação do prazo de entrega do IVA de agosto”, explica o comunicado das Finanças.