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A taxa de risco de pobreza na Madeira poderá aumentar este ano, admitiu esta segunda-feira a secretária regional de Inclusão Social e Cidadania, Rita Andrade, indicando que os dados de 2021 apontam para 24,2% da população em situação de carência.
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“Aparentemente e naturalmente isso poderá acontecer [o aumento do número] devido ao contexto geoeconómico”, disse a governante, referindo que a crise gerada pela guerra na Ucrânia está a afetar também a classe média.
Rita Andrade falava na conferência de apresentação do Primeiro Plano de Ação da Estratégia Regional de Inclusão Social e Combate à Pobreza 2021-2030, no Funchal, um documento elaborado pelo executivo madeirense (PSD/CDS-PP), que estabelece 140 medidas de intervenção junto da população mais carenciada.
“Não obstante o facto de os índices de pobreza serem mais elevados nas regiões ultraperiféricas, em 2020 e 2021, a Região Autónoma da Madeira conseguiu melhorar os seus índices e baixou quase 4% no risco de pobreza em relação ao todo nacional, que teve aumentos significativos”, declarou.
O arquipélago da Madeira tem cerca de 251 mil habitantes e, de acordo com a governante, 28,9% da população estava em risco de pobreza ou exclusão social em 2021, número que baixou para 24,2% com a atribuição de apoios sociais, canalizados, por exemplo, através do CRI — Complemento Regional para Idosos e do PROAGES — Programa de Apoio à Garantia de Estabilidade Social.
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“O apoio é potenciado e majorado em função do número de filhos e poderá chegar até 80 euros por mês para despesas básicas como água, luz, gás, telecomunicações”, explicou Rita Andrade, indicado que desde julho o programa cobre também gastos com combustível, para compensar o aumento de preços.
O PROAGES já apoiou 819 agregados familiares, num total de 2.863 pessoas.
A secretária de Inclusão Social e Cidadania sublinhou que a tendência geral aponta para a diminuição, embora ligeira, do número de pessoas em risco de pobreza na Madeira nos últimos quatros anos, mas admite que se possa começar a verificar agora um aumento devido às consequências da guerra na Ucrânia.
Em relação à Estratégia Regional de Inclusão Social e Combate à Pobreza 2021-2030 foram definidos três planos da ação — 2021-2024, 2024-2027, 2027-2030 — envolvendo várias entidades públicas e privadas.
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