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O governo destacou nesta quarta-feira a marca de recuperação do nível do emprego da pandemia no segundo trimestre, assinalando resultados “impressionantes” que sinalizam vitalidade da atividade económica, segundo o ministro da Economia, Siza Vieira, e defendendo a eficácia dos apoios extraordinários à manutenção de emprego, no caso da ministra do Trabalho, Ana Mandes Godinho.
“A população empregada em Portugal neste período é o máximo histórico, e ultrapassou mesmo os valores do segundo trimestre de 2019”, referiu numa comunicação em vídeo o ministro da Economia. Um comunicado da ministra do Trabalho assinalou também “o valor mais alto da última década”.
O INE deu conta hoje de 4 810 mil pessoas empregadas, num máximo da série de dados trimestrais de emprego que arranca em 2011. Dados mensais de inquérito relativos a maio e junho já apontavam nessa direção, colocando o nível de emprego no ponto mais alto da série mensal, que arranca no final da década de 1990.
Face ao mesmo trimestre de 2019, regista-se agora um ganho de 36,3 mil empregos, mais 0,8%. O desemprego, porém, mantém-se em níveis mais elevados que há dois anos, com 345,7 mil ativos sem trabalho, mais 5,2% que há dois anos.
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No comunicado divulgado, a ministra do Trabalho defendeu que os números desta quarta-feira “mostram, uma vez mais, que os apoios extraordinários que foram criados para apoiar as empresas e o rendimento dos trabalhadores foram fundamentais para preservar o emprego durante a crise provocada pela pandemia”.
Já o ministro da Economia salientou o “sinal de vitalidade da economia” e escolheu destacar os resultados trimestrais na comparação com os meses iniciais de 2021, passados em confinamento, que traduzem alguma melhoria no emprego daquele que foi o sector mais afetado pela pandemia, o alojamento e a restauração.
“Neste momento, há 4 810 mil pessoas a trabalhar em Portugal. São mais 128 mil pessoas do que no trimestre anterior. O sector dos serviços, o mais afetado pela pandemia, criou só por si mais 100 mil empregos, dos quais 25 mil nos sectores do alojamento, restauração e similares”.
Contudo relativamente ao período pré-pandemia, o emprego das atividades ligadas ao turismo tem ainda menos 72,9 mil postos de trabalho ocupados. Nas atividades administrativas e serviços de apoio também há 25,9 mil empregos por recuperar, e no comércio 23,8 mil.
Em compensação, várias outras áreas dos serviços criaram níveis de emprego superiores ao pré-pandemia. Em particular, a Administração Pública e a educação, com ganhos de 49,3 mil e 44,1 mil postos de trabalho, respetivamente. Houve também aumentos líquidos a rondar os 30 mil postos de trabalho na saúde, no sector financeiro, no imobiliário, ou nas atividades de informação e comunicação.
Já a indústria levava ainda uma perda líquida de 2,4 mil postos de trabalho em relação ao trimestre comparável do ano pré-pandemia.
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