O Governo e três estruturas sindicais da administração pública voltam, esta sexta-feira, a negociar a atualização salarial para o próximo ano e outras medidas a integrar na proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE2024).
Nas duas reuniões anteriores, a secretária de Estado da Administração Pública, Inês Ramires, manteve a proposta de atualização salarial que estava prevista no acordo assinado há um ano entre o Governo e as estruturas da UGT, propondo aumentos equivalentes a uma subida de nível remuneratório (cerca de 52 euros).
Em termos percentuais, este aumento traduz-se numa atualização entre 6,8% para a base remuneratória da administração pública, que atualmente é de 769,20 euros, até 2% para salários mais elevados.
Os sindicatos ficaram descontentes, exigindo aumentos superiores aos que estão no acordo, com a Frente Comum da CGTP a reivindicar 15% com a garantia de 150 euros por trabalhador, a Federação dos Sindicatos da Administração Pública (Fesap) 6% com um mínimo de 80 euros e o Sindicato dos Quadros Técnicos (STE) uma subida de pelo menos 5% para todos os trabalhadores.
À saída da segunda ronda negocial, na quarta-feira, os dirigentes sindicais disseram aos jornalistas que o Governo indicou que, nas reuniões agendadas para esta sexta-feira, iria avançar com uma nova proposta e que aguardava pela negociação na Concertação Social sobre o valor do salário mínimo nacional que será fixado em 2024.
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